Investimentos em Junho de 2013

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O primeiro semestre de 2013 foi marcado pela alta da inflação, do dólar e das taxas de juros. O mês de junho se destacou também por protestos que surpreenderam o governo e pelo fluxo de saída de recursos estrangeiros na Bovespa.

A inflação já bate no teto da meta, acumulando 6,5% nos últimos 12 meses. O Banco Central demonstrou preocupação com a alta dos preços e o Copom elevou a Selic de 7,25% para 8,0% – no mercado futuro ela já ultrapassa o patamar de 9%.

Durante a quarta semana de junho as perspectivas da economia brasileira foram revisadas para baixo por diferentes órgão e agências, o que colaborou para o Ibovespa aprofundar a queda que foi de 11,31 % no mês. O índice registra o pior semestre desde a crise financeira de 2008, com queda de 22,14%.

O dólar teve alta de 9% nos últimos seis meses apesar de diversas intervenções do BCB, superando todas as expectativas. A cotação da moeda americana subiu não somente em relação ao real, mas se valorizou frente às principais moedas do mundo.

O fluxo de recursos da Bovespa acumula tímida alta no semestre e foi negativo no último mês. A melhora nos indicadores de recuperação da economia americana e a sinalização por Ben Bernanke do Fed, Banco Central Americano, de que o programa de estímulos está chegando ao fim, agitou os mercados. Houve forte fluxo de saída de capitais dos países emergentes, que migraram em busca de investimentos mais seguros em solo americano. Este movimento se traduziu em queda dos preços das ações no Brasil.

No mercado internacional, a economia da China dá sinais de desaceleração, mas governo chinês não demorou para tomar providências e injetou dinheiro para manter a liquidez do mercado e reduzir juros. Em diversos países europeus a recessão se consolida. Diante deste cenário, as bolsas internacionais caíram em junho, inclusive as americanas e da China.

Os fundos que mais rentabilizaram no primeiro semestre ganharam com posições compradas em dólares e também com investimentos no mercado internacional, principalmente nas bolsas americanas e do Japão.

Os 5 melhores Fundos Órama no semestre foram:

Órama Spx Nimitz: 10,84%. Seu resultado é explicado pela alta do dólar e por posições no mercado acionário local e internacional. Juros e commodities (milho, petróleo e cobre) contribuíram pouco, sendo que a exposição nesses ativos é pequena.

Órama Opportunity Total: 7,13%. O Fundo ganhou com posição comprada em dólares e vendida em outras moedas, além de posição comprada na bolsa internacional via índice S&P 500 e vendida em bolsa local. Operações de juros e inflação também contribuíram positivamente.

Órama BNY Mellon ARX Hedge Plus: 7,03%. Manteve posições mais conservadoras no mercado de juros e ganhou com posições compradas em reais no começo do ano. Depois, obteve ganhos com a posição comprada em dólares contra outras moedas como dólar australiano e franco suíço. Algumas posições no mercado de ações como BB seguridade foram positivas. Também estiveram vendidos em bolsa brasileira, mas agora estão neutros.

Órama Claritas Long Short: 4,53%. Ganhou com posições vendidas em Vale e Itaúsa. Também conseguiu bons resultados em pares intersetoriais, principalmente do setor elétrico e de bancos.

Órama Kondor Max: 4,31%. O resultado é explicado principalmente pela posição comprada em dólares contra outras moedas como euro, real, dólar australiano, dólar canadense e libra esterlina. Também ganhou com posições em crédito externo, comprada em risco Brasil e tomada em juros no Japão, via opções. Ainda contribuíram para o desempenho do Fundo as posições quantitativas e em bolsa.

Diante das perspectivas de melhora para as principais economias do mundo e das incertezas que pairam sobre a nossa, minhas recomendações para novos investimentos para o segundo semestre são:

Para os mais conservadores ou objetivos de curto prazo: Órama Cash DI, que tem objetivo de entregar 95% do CDI e ficou ainda mais interessante com os juros em alta, Órama Gap Hedge e Órama JGP Hedge.

Para os dispostos a correr risco moderado e que tenham horizonte de médio prazo: Órama Opportunity Total, Órama BNY Mellon ARX Hedge Plus e Órama Gávea Macro.

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