Investidores Mais Seletivos – Outra visão

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Em um post meu recente neste blog, “Investidores mais Seletivos”, falei sobre os investidores estrangeiros para ilustrar como encontrar boas oportunidades de investimentos e a importância de fazer uma boa seleção. Logo em seguida (04/11/2013), o The Wall Street Journal publicou uma matéria tratando como os investidores estão mais seletivos ao aplicar na América Latina. Para esta matéria, o jornal entrevistou quatro gestores de grandes fundos que aplicam em mercados emergentes. Neste texto vou destacar o que estes gestores – que são investidores estrangeiros – pensam sobre o Brasil e como escolhem seus investimentos, sejam em renda fixa ou renda variável.

Antes de começarmos, vamos recapitular, resumidamente, o que tem acontecido na economia que fez com que o investidor mudasse um pouco sua estratégia de seleção de ativos. Os sinais de que a redução dos estímulos ao crescimento da economia americana está mais próxima têm aumentado a aversão ao risco e impactado os mercados emergentes como um todo, sobretudo os países da América Latina, muito dependentes de fluxo de estrangeiros. Além disso, a economia da China desacelerou seu ritmo de crescimento e, consequentemente, está importando menos commodities do que os mercados emergentes projetavam. Por conta disso, as taxas de crescimento projetadas para 2013 e 2014 dos latino-americanos estão muito aquém daquelas que comemoraram há poucos anos, já que são economias em desenvolvimento e ainda muito dependentes da exportação de tais produtos.

Dito isso, combinando com a degradação das contas públicas brasileiras e mudanças nos marcos regulatórios feitas recentemente no país, a consequência direta é a maior cautela por parte dos investidores estrangeiros. Todavia, eles continuam atentos ao nosso mercado, pois acreditam que, apesar dos desequilíbrios, existem boas oportunidades para se ganhar dinheiro aplicando por aqui.

Apesar de todas as dificuldades que temos enfrentado – redução de liquidez no mercado internacional, demanda mundial por commodities desaquecida, deterioração das contas públicas – os gestores entrevistados na matéria acima referenciada acreditam que no longo prazo elas serão superadas. Afinal, o Brasil ainda é a maior economia da América do Sul, tem um mercado consumidor de cerca de 500 milhões de pessoas e desequilíbrios que podem se transformar em nichos de mercado com boa realização de lucros no futuro.

Convictos de suas posições, estes gestores adotam estratégias diferentes para aplicar em ativos do mercado brasileiro. Muitos que investem no mercado acionário estão em busca de empresas menores com potencial de gerar lucros no longo prazo. Por falar em mercado acionário, vale ressaltar que o Brasil tem a maior bolsa de valores entre os seus vizinhos. Com este mercado relativamente desenvolvido, investidores sabem que sempre há boas oportunidades, mas que passado o período de fortes altas da bolsa sustentada pela grande demanda de commodities é necessário maior atenção na seleção das empresas. Já os que investem em títulos de dívida soberana para aproveitar a alta taxa de juro real no Brasil, que, diga-se de passagem, é bastante atraente, estão mais atentos ao andamento das contas públicas.

A reportagem do The Wall Street Journal mostra ainda que os investidores ao redor do mundo estão colocando em prática duas regras importantíssimas que alguns ainda esquecem: 1) é preciso selecionar quais os bons produtos para investir, não investindo em qualquer um; e 2) a realização de lucros só acontece se houver foco no longo prazo.

E você, também está seguindo estas regras? Compartilha a opinião de que é necessário fazer uma boa seleção para encontrar as boas oportunidades de investimento? Entre no site da Órama e conheça os fundos de investimento dos gestores independentes mais renomados do país, que sabem selecionar as melhores oportunidades disponíveis no mercado local e global.

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