Com qual Investidor Você mais se Identifica?

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Como tenho recebido muitos emails de clientes questionando os resultados das suas aplicações em Fundos de Investimento neste ano, decidi apresentar dois casos recentes e as decisões que cada um tomou. Minha ideia é que você se identifique com um deles e reflita antes de fazer qualquer mudança no seu plano financeiro.

Rentabilidades abaixo do CDI (ou da Poupança) num período de um ano não significam que você fez um investimento ruim e que seu plano deva ser completamente repensado. Resultados assim estão totalmente dentro dos limites possíveis de variação em carteiras – ou Fundos – que embutem algum risco. Ainda considere que 2013 foi um ano difícil, que muitas ações se desvalorizaram, que o real depreciou frente ao dólar e que as taxas de juros subiram e, quando as taxas sobem, até os títulos do Tesouro têm seus preços reduzidos. Combinando todos estes ingredientes com as perspectivas de inflação alta, baixo crescimento e falta de credibilidade na condução da política econômica do país, toda forma de investimento financeiro foi impactada.  

Vou começar com o exemplo do investidor que todos deveriam seguir:

Exemplo a seguir

Este aplicou no início de dezembro de 2012. Montou uma carteira diversificada de Fundos de Investimento, com o objetivo de acumular recursos para a aposentadoria, ou seja, com horizonte de longo prazo. Assim sendo, depois de fazermos algumas simulações, ele concordou em destinar 50% dos recursos para Fundos de Ações e o restante aplicou em Fundos Multimercado.

Do início da aplicação até nossa análise – de 04/12/2012 a 21/11/2013 – a carteira deste cliente valorizou 7,46%, ficando muito próxima à variação do CDI, que foi de 7,54%, levando em conta que o Ibovespa caiu -9,47% no período e que o peso de ações na carteira é bem relevante, 50%.

O destaque positivo da carteira foi o Fundo ÓRAMA JGP Equity, o qual valorizou 11,34% no período referido. Do outro lado, o Fundo que rendeu menos foi o ÓRAMA BTG Pactual Hedge Plus, 5,19%.

Mesmo não obtendo rentabilidade excepcional no ano, após a revisão e análise dos resultados, o cliente concordou em manter o plano, sem alterar a estratégia, pois seu objetivo não foi alterado e nada mudou na sua situação financeira. Ele ainda pretende realizar um novo aporte com 13º salário que vai receber.

Este cliente entende que para valorizar seu patrimônio e acumular recursos para sua aposentadoria precisa aceitar variações de curto prazo e que não deve se basear apenas nas informações mais recentes de rentabilidade e de indicadores macroeconômicos.

Exemplo a não seguir

Este iniciou seus investimentos no final de maio deste ano, ou seja, ainda está longe de completar um ano. Montou uma carteira bem agressiva, com 60% em Fundos de Ações, já que possuía outros valores aplicados em renda fixa no banco onde mantém sua conta, os quais atenderiam suas necessidades de curto prazo e emergenciais e também porque seu horizonte de investimento era de longo prazo. O que mais me chamou atenção com relação a este investidor é que se dispôs a entrar num momento em que a bolsa estava fechando seu quinto mês consecutivo no vermelho. Porém, pouco antes da carteira completar seis meses em novembro – uma semana antes, para ser mais precisa – ele resgatou tudo o que havia aplicado na ÓRAMA.

A rentabilidade da carteira no período (de 24/05/2013 até 19/11/2013) foi de apenas 0,32%, durante o qual o CDI foi de 4,13% e o Ibovespa caiu -5,89%. O destaque positivo da carteira foi o Fundo ÓRAMA JGP Equity, que rendeu 5,08% neste curto período, e o lado negativo ficou com o ÓRAMA Gávea Macro, que caiu -1,19%.

Este cliente que começou num período de baixa da bolsa, que parecia racional suficiente para aproveitar as oportunidades do mercado, demonstrou que embora tenha tentado investir mais agressivamente e com horizonte de longo prazo, apresentou alguns vieses comportamentais que levam investidores a mudar os planos com maior frequência e a realizar prejuízos quando vivenciam perdas.

Concluindo, no primeiro caso, o investidor entendeu que para valorizar sua carteira de investimentos é preciso correr riscos e aceitar perdas de curto prazo. Já no segundo, o investidor descobriu que seu perfil não é tão agressivo assim e que seu horizonte de investimento é mais curto, preferindo o conforto de outra opção mais segura. Contudo, dentro de cinco anos ou mais, é esperado que o primeiro investidor tenha ganhado muito mais dinheiro com suas aplicações, pois em estudos passados é isto que verificamos.

Você se identificou com algum destes investidores? Como você reagiria nestas situações? Se você está com dúvidas sobre as variáveis que determinam o sucesso do seu plano financeiro, mande mensagem para mim, através do canal “Fale com a Sandra”, no site da ÓRAMA.

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