Por que investir mais em renda fixa em 2014?

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Como já é conhecido, os últimos e os primeiros meses de cada ano costumam ser de revisão de carteiras para muitos investidores, inclusive os estrangeiros. E, neste momento, a questão é principal é quais serão os melhores investimentos para os próximos meses? E como não temos como prever o futuro no mundo real, baseamos-nos nas possíveis trajetórias das economias mundial e brasileira  no decorrer do ano para fazer as alocações de recursos.

As economias desenvolvidas estão retomando o ritmo de crescimento, mais ainda com algumas limitações. Os emergentes vivem uma situação mais vulnerável, com a possível redução de liquidez e menos crédito disponível no mundo, incluindo a possibilidade da China desacelerar o seu crescimento. No Brasil, a economia enfrenta sérios problemas políticos e fiscais, num ano de eleições presidenciais. Assim, o cenário para os investimentos em 2014 é permeado por muitas incertezas.

Desta forma, o consenso do mercado é de que o ano será marcado pela volatilidade – característica inerente da renda variável, mas que deve estar presente com mais força também nos mercados de juros e câmbio. Portanto é mais prudente que as carteiras sejam mais defensivas e, para isso, reduzir o nível de risco da carteira de investimento, através do aumento do percentual aplicado em renda fixa.

São ativos da classe de renda fixa os títulos do Tesouro Nacional, a Caderneta de Poupança, os títulos privados emitidos por bancos ou empresas e os fundos que investem nestes títulos.  Lembrando que títulos de renda fixa com taxa prefixada como as Letras do Tesouro Nacional (LTN) ou as Notas do Tesouro Nacional (NTN-B), em ambiente de volatilidade também são arriscados, podendo inclusive resultar em retornos negativos, caso o investidor não os leve  até o vencimento.

No grupo de renda fixa de baixa volatilidade temos as Letras de Crédito (LCI e LCA) que possuem garantia do FGC e são isentas de imposto de renda para pessoa física – tornando-se excelentes escolhas para aumentar parcela de aplicações em renda fixa e minimizar os riscos.  Outra opção será os fundos referenciados DI com taxa de administração inferior a 1%, pois com as perspectivas de alta da Selic para este ano e mais ainda no ano que vem, estes se tornam cada vez mais interessantes em termos de rentabilidade e ainda possuem liquidez diária.

Porém independentemente do perfil do investidor, diversificar é sempre a melhor estratégia.  Deste modo, mesmo que o momento demande maior parcela aplicada em produtos de renda fixa, não significa alocar 100% dos recursos nesta classe de ativos. Devemos sempre manter cerca de, pelo menos, 10% do valor da carteira em produtos com potencial de render mais como os fundos de ações ou fundos multimercado. No pior cenário, se a parcela de renda variável cair 15% (com baixa probabilidade), o retorno da carteira ainda será acima da Caderneta de Poupança, dada uma taxa esperada para o CDI superior a 10%.

Ainda que o investidor não veja a volatilidade como sua melhor amiga, ela pode ser uma boa aliada para conquistar maiores retornos. Em momentos como o atual, quando é ainda mais difícil prever os resultados, os gestores de fundos de ações e multimercados aproveitam para comprar ativos depreciados, com maior potencial de incrementar a rentabilidade destes fundos no médio e longo prazo – três a cinco anos, para alcançar retornos acima da renda fixa.

Concluindo, diante deste cenário com alto nível de incertezas presentes e a volatilidade que deve permear os investimentos durante o ano, minha recomendação é de que os investidores diminuíam o risco de suas carteiras aumentando a parcela investida em produtos de renda fixa, porém sem deixar de lado as oportunidades que sempre existem em renda variável.

Aproveito para divulgar que em breve a Órama estará lançando mais um eBook, desta vez, exclusivo sobre renda fixa. Qualquer dúvida, estou sempre disponível através do canal Fale com a Sandra no nosso site.

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