Panorama Semanal 19/10/2015 até 23/10/2015*

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Entre farpas, acusações e instabilidade, a semana foi novamente bastante influenciada pelo cenário político interno,  além das expectativas sobre China, Estados Unidos e Europa.

A presidente Dilma Rousseff, em viagem ao exterior, reafirmou a permanência do ministro Joaquim Levy na Fazenda, tentando minimizar os boatos de sua saída, que mexeram muito com o mercado na semana anterior.

A notícia de que o governo estima um déficit de R$ 50 bilhões no orçamento deste ano também influenciou os investidores. E este número pode ficar ainda pior, já que não estão incluídas as chamadas pedaladas fiscais. Para 2016, uma das possibilidade, segundo o relator, é o corte de R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família, proposta que gerou críticas por parte da presidente.

As contas de 2014, a partir da rejeição pelo TCU, começaram a ser analisadas no Congresso, mas, devido a prazos regimentais, a decisão vai ficar mesmo para 2016.

Esta semana, a CPI da Petrobras aprovou seu relatório, com o indiciamento de um único político, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Em decorrência da Lava Jato, aumentou a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com mais protestos contra sua permanência no cargo. Na quinta-feira, o STF determinou a transferência de seus recursos na Suíça. Cunha afirmou, mais uma vez, que não renuncia.

A briga do presidente da Câmara, que continua a receber pedidos de impeachment, com Dilma se manteve quente. Num bate-boca público, em resposta a Cunha, a presidente disse que seu governo “não está envolvido em escândalo de corrupção”.

Na economia, os dados não perdoam. A inflação de outubro medida pelo IPCA-15 acelerou para 0,66%, e é a mais alta  desde 2002, com alta da gasolina, gás de cozinha e alimentação. Em 12 meses, acumula 9,77%.

Apesar da inflação pressionada, o BC manteve a Selic em 14,25%, em decisão já esperada pelo mercado. E, em comunicado, afirmou que não deve perseguir o centro da meta de 4,5% no próximo ano.

O desemprego de setembro, divulgado pelo IBGE, ficou em 7,6%, mesmo percentual que o de agosto. Mas é a pior taxa para setembro desde 2009.

No cenário externo, segue a volatilidade. A China divulgou o índice de 6,9% de crescimento (anualizado) no terceiro trimestre, o menor desde 2009. A taxa, no entanto, é melhor do que a prevista pelos analistas.

Nos Estados Unidos, Janet Yellen, a presidente do Fed, o banco central americano, não tocou em assuntos econômicos, decepcionando investidores que esperavam algum sinal a respeito do início da elevação da taxa de juros do país.

No fim da semana, o mercado deu um respiro, com declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sobre a possível concessão de novos estímulos devido ao fraco crescimento global.

Assim, o Ibovespa, que recuou ao longo da semana toda, acabou subindo 1,59% no fechamento do pregão de quinta-feira. E o dólar, que também ficou bastante pressionado, caiu  quase 1% na quinta, voltando para a casa dos R$ 3,90.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal da Órama.

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