Panorama Semanal 07/12/2015 até 11/12/2015*

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A conjuntura política complicada e a inflação marcaram a semana no Brasil.

No início da semana, a oposição derrotou o governo na formação da comissão de impeachment. Em votação fechada, o plenário rejeitou a chapa proposta pelos líderes aliados do governo. Mas o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal: o ministro Edson Fachin suspendeu a comissão de impeachment.

No Conselho de Ética, o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, contabilizou seu sexto adiamento. O relator do caso foi destituído, e o processo não avançou.

Já a tensão entre o governo e o PMDB foi intensificada com uma carta em tom de desabafo enviada pelo vice-presidente, Michel Temer, à presidente Dilma Rousseff.  O vazamento da carta provocou um mal-estar em Brasília, acirrando ainda mais os ânimos.

Com toda essa turbulência no Executivo e no Legislativo, e as incertezas que a cercam – além das cenas protagonizadas no Congresso -, imperou a volatilidade.

De modo geral, o mercado reagiu positivamente a movimentos pró-impeachment, com a Bolsa subindo e o dólar caindo. Mas, na quarta-feira, a Moody’s colocou a nota do Brasil em revisão para rebaixamento, por causa da questão fiscal e, claro, do cenário político. A notícia virou o humor do mercado, já que, se o rebaixamento vier, o país perde o grau de investimento também nessa agência de classificação de risco.

No cenário externo, dados ruins da balança comercial chinesa contribuíram para a desvalorização do real no início da semana, por causa da queda nos preços das commodities.

Assim, na quinta-feira, a moeda americana encerrou em alta de 1,50%, a R$ 3,79.

A queda no preço do petróleo, para US$ 37,6 (EUA), derrubou as ações da Petrobras, com impactos diretos no Ibovespa. Por causa da China, ações de siderúrgicas e mineradoras recuaram. Já os papéis do BTG Pactual continuam acumulando amargas perdas.

Como se não bastasse, o IPCA de novembro veio forte, com elevado índice de difusão, o que é ainda mais preocupante. Em novembro, o índice ficou em 1,01%, o maior percentual desde o ano de 2002. Nos últimos 12 meses, o acúmulo é de 10,48%, com altas significativas em alimentos e combustíveis.

Com tudo isso, o índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo fechou a quinta-feira em baixa de 1,04%.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal da Órama.

Dados atualizados até 09h03 de 11/12.

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