Panorama Semanal – 30 de maio a 3 de junho

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Nos últimos dias de maio e início de junho, os destaques foram o desenrolar do início do governo Temer, com o desenho mais claro de algumas propostas, e a divulgação de fracos dados econômicos, como o PIB.
O PIB diminuiu 0,3% no primeiro trimestre na comparação com o resultado dos três meses antecedentes. Foi o quinto trimestre consecutivo de retração da economia brasileira.

Dados ruins também foram divulgados na produção industrial, que teve leve alta de 0,1% em abril em relação aos números de março, segundo o IBGE. Na comparação com um ano antes, foi registrada retração de 7,2%.

A inflação de maio, medida pelo IGP-M, mais que dobrou, para 0,82%, de acordo com a FGV. Em 12 meses, a taxa acumula 11,09%.
Em ranking de competitividade do Instituto Internacional de Desenvolvimento de Gestão (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral, com 61 países, o Brasil recuou para a 57ª posição, à frente apenas de Mongólia, Ucrânia, Croácia e Venezuela.

E o presidente interino, Michel Temer, continua a tentar injetar otimismo na população, com o discurso de que é tempo de acreditar em uma retomada do crescimento. A possibilidade de que a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff seja antecipada em 20 dias animou os investidores.

Na quinta-feira, a Câmara aprovou 14 projetos de reajustes salariais de servidores do Executivo, Legislativo, Judiciário e para a Procuradoria-Geral da República, e de militares. Esse reajuste causará um impacto negativo de R$ 7 bilhões nas contas públicas neste ano.

Em entrevista ao SBT, Temer defendeu o estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria, inclusive para servidores públicos. E não descartou a criação de novos impostos.

Em relação à nova equipe econômica, mais um nome foi escolhido, o de Ana Paula Vescosi, para comandar o Tesouro Nacional.
Na Petrobras, o novo presidente da companhia, Pedro Parente, defendeu alterações na lei do pré-sal, sem a obrigatoriedade dos 30% de participação da estatal na exploração.

No âmbito da Lava Jato, o STF negou recurso de Eduardo Cunha contra abertura de ação penal. No Conselho de Ética, o relator recomendou que Cunha tenha seu mandato cassado.

O imbróglio do endividamento dos estados continua. Secretários de Fazenda de 19 estados pediram à Fazenda reduções nas contrapartidas para retomada das renegociações da dívida dos estados e do Distrito Federal com a União.
Na quinta-feira, o dólar fechou praticamente estável, com leve recuo de 0,01%, cotado a R$ 3,5860, numa sessão sem intervenção do Banco Central.

O Ibovespa, principal referência do mercado de ações brasileiro, fechou com valorização de 1,78%, aos 49.887 pontos, com a possibilidade de que Dilma seja impedida definitivamente de exercer o cargo de presidente.

No cenário externo, as atenções se voltam nesta sexta-feira para o relatório de emprego dos Estados Unidos, o último a ser divulgado antes da próxima reunião do Federal Reserve, em meados deste mês, quando deve haver decisões sobre elevação da taxa de juros americana.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal da Órama.

*Dados atualizados até 2 de junho às 23h

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