Panorama Semanal 19 a 23 de setembro

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Os destaques no noticiário sobre a Lava-Jato e os juros americanos conduziram as expectativas econômicas esta semana.

O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que responderá agora por corrupção e lavagem de dinheiro. E a Polícia Federal prendeu na quinta-feira o ex-ministro Guido Mantega, em mais uma fase da operação Lava-Jato. Mantega, que teve a prisão revogada no mesmo dia por causa de uma cirurgia de sua mulher, foi incriminado por depoimento de Eike Batista. Segundo o empresário, o ex-ministro teria pedido pagamento de R$ 5 milhões ao PT.

O clima no país é tenso, não só pelas denúncias envolvendo políticos e empresários, mas também pelo acirramento da polarização na sociedade. Mas, nos EUA, onde participou evento da ONU, Michel Temer afirmou que o Brasil tem estabilidade política e defendeu a constitucionalidade do impeachment de Dilma Rousseff.

No Congresso, uma das polêmicas foi a tentativa de aprovar a proposta que criminaliza o caixa dois, mas com uma brecha no texto a favor de políticos que cometeram essas irregularidades antes.

Na agenda do governo, a prioridade é pela aprovação da PEC dos gastos públicos, que deve ser votada pela Comissão até o dia 7 de outubro.

Enquanto isso, segue, por mais de duas semanas, a greve dos bancos. E já há rumores de uma possível greve na Petrobras.

Já a inflação medida pelo IPCA-15, prévia do índice oficial, desacelerou para 0,23% em setembro, o que aumentou as expectativas para que o BC inicie a redução na taxa de juros na próxima reunião do Copom, em outubro. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que é “altamente provável” um corte ainda este ano.

O crescimento do país, por sua vez, ainda está emperrado. De acordo com o IBC-Br, do Banco Central, a economia recuou 0,09% em julho.

Lá fora, o Fed, banco central dos EUA, manteve a taxa de juros, mas sinalizou uma alta no curto prazo. Os agentes acreditam que a elevação ocorrerá em dezembro. E o Banco do Japão afirmou que manterá os estímulos monetários. Os dois eventos deram certo alívio ao mercado.

Na Bolsa, um dos destaques foram os papéis da Petrobras, que divulgou seu plano de investimentos, com ampliação da venda de ativos.

No pregão de quinta-feira, com ação do BC, o dólar comercial fechou em alta de 0,49%, a R$ 3,22, apesar da tendência de queda da moeda americana no mundo. Já o Ibovespa subiu 1,02%.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até 10:37

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