Panorama Semanal de 17 a 21 de outubro

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Na política, a prisão de Eduardo Cunha. Na economia, o corte da Selic pela primeira vez em quatro anos. Esses foram os fatos de maior destaque da semana no noticiário brasileiro.

Na quarta-feira, o juiz Sérgio Moro ordenou a prisão preventiva do ex-presidente da Câmara. São acusações de crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro. Segundo Moro, “a dimensão e o caráter serial dos crimes estendendo-se por vários anos” oferecem risco à ordem pública.

A prisão de Cunha tem gerado tensão na esfera política, mediante a expectativa de que o ex-deputado faça denúncias que atinjam aliados no PMDB e no governo Temer. Ministros de Temer já foram citados em denúncias da Odebrecht.

Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos da economia em 0.25 ponto, para 14% ao ano. O tamanho do corte decepcionou uma parcela dos investidores. Mas, cortes maiores, segundo o Copom, dependerão da resposta de queda da inflação e do avanço do ajuste fiscal no Legislativo.

A má notícia também veio do BC, ao divulgar o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB. Em agosto, o indicador recuou 0,91%, revelando a piora da recessão do país naquele mês.

No plenário da Câmara, a comissão especial da PEC dos gastos públicos aprovou o texto que havia passado em primeiro turno pelo plenário da Câmara. A PEC agora vai para aprovação em segundo turno, provavelmente na próxima semana. Se tudo seguir sem intercorrências, a votação final no Congresso acontecerá em dezembro. A PEC é tida como fundamental para o ajuste fiscal.

Também obteve destaque a Lei de Repatriação, com a extensão do prazo para retificar as declarações de capitais lá fora.

No exterior, os mercados oscilaram em função da cotação do petróleo e das projeções quanto ao início da alta nos juros americanos.

O vice-presidente do Fed, o banco central dos EUA, disse que “não é tão simples” subir os juros num cenário recessivo. Mas, dias depois, novas expectativas do mercado, já que o núcleo da inflação do país ficou abaixo das projeções. Na Europa, o BCE manteve sua política monetária inalterada, com taxas em níveis baixos.

Politicamente, as discussões nos EUA se voltam cada vez mais para as eleições. Entre as polêmicas, está a aceitação ou não do resultado das urnas pelo candidato republicano, Donald Trump.

Já o petróleo foi afetado, no início da semana, pela possibilidade de o Irã aumentar sua produção. Por outro lado, o Banco Mundial elevou sua projeção de preço para US$ 55 o barril no ano que vem.

No pregão de quinta-feira, com o mercado digerindo o corte pequeno na Selic, entre outros fatores, o dólar caiu 1% e fechou cotado a R$ 3,138. Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,52%, no patamar de 63.837 pontos, de abril de 2012.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até 21/10/2016 às 09:28

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