Davos, o cenário confuso no mundo

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Terminou há alguns dias, na Suíça, o 47º Fórum Econômico Mundial, conhecido como Fórum de Davos. O objetivo da reunião é que os principais países da economia mundial discutam temas relevantes e busquem as melhores soluções para a economia, visando a intensificação de parcerias.

Este ano, houve enorme expectativa quanto à reunião, igual ou até maior à ocorrida após a crise global de 2008. A edição de 2017 prometia ser a maior de todos os tempos. Havia mais de 3 mil participantes, de cem países diferentes, incluindo 1,2 mil presidentes de empresas. Os principais temas foram as políticas cambial e monetária.

Na mesma semana da reunião, Donald Trump foi empossado na presidência dos Estados Unidos. Sua futura gestão foi um dos assuntos dominantes em Davos. Com o mundo coberto por incertezas, preocupa o fato de uma economia do tamanho da americana ser governada por um presidente com extrema confiança em si, mas que não obtém a confiança alheia. Neste mundo de instabilidade, os passos precisam ser dados com cautela. Mas, com seu estilo polêmico e discursos fortes, Trump tem deixado muitos países com “um pé atrás”, entre eles a China.

Em meio a tantas incertezas e desconfianças, o presidente da China foi chamado, pela primeira vez, para debater no Fórum. O líder Xi Jinping foi a Davos com um discurso bastante positivo para economia mundial, rebatendo a visão protecionista e os ataques do presidente dos Estados Unidos. Para a China, a participação no evento é importantíssima, pois o país ganha voz para expor sua conjuntura e se posiciona, buscando passar confiança a investidores e empresários. O presidente da China discursou em prol da globalização, do crescimento conjunto da economia mundial.

O presidente Michel Temer não compareceu, mas foi representado pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que ressaltou a preocupação quanto ao governo Trump. Ele afirmou, no entanto, que o Brasil não deve sofrer um grande impacto, destacando a parceria comercial com a China.

Além da globalização, desigualdade e tecnologia também foram assuntos de relevo na reunião.

 

Thiago Bittencourt: Estudante de Economia do IBMEC. Membro da área de Análise Macroeconômica do Cemec, empresa júnior vinculada ao IBMEC, que tem como proposta principal realizar estudos e pesquisas sobre o mercado financeiro.

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