Panorama Semanal de 6 a 10 março

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Na semana das mulheres, PIB, PIB e PIB. Além do péssimo resultado da economia no ano passado, os holofotes também se voltaram para dados americanos de emprego e as questões políticas no Brasil. Por aqui, discussões sobre a Reforma da Previdência começam a se avolumar. E o “fator Odebrecht” continua a influenciar os humores.

O PIB brasileiro recuou 3,6% em 2016, revelou o IBGE. Ninguém esperava milagre pelo retrovisor, mas os números desnudaram a realidade, foi pior que o esperado. A recessão se estende por dois anos seguidos, e em 2015 e 2016 tivemos 7,2% de queda no PIB. Voltamos a níveis de 2010. Em termos trimestrais, são 11 quedas, com retração acumulada de 9% nesse período. Isso representa a recessão mais longa e ampla do país, segundo estudos da FGV.

A boa notícia, pelo menos, é a avaliação dos especialistas, para os quais a recuperação, ainda que lenta, já começou no primeiro trimestre deste ano. Os desafios estão dados, entre os quais o desemprego e as turbulências que rondam as reformas necessárias ao ajuste fiscal.

Em janeiro, a produção industrial deu mostras dessa tímida recuperação. O indicador avançou após 34 meses. Houve alta de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2016.

O início da retirada das contas inativas do FGTS, que começa nesta sexta-feira, deve aquecer a economia. A apreensão fica por conta do operacional da Caixa Econômica Federal e da sua capacidade de atender à demanda dos saques.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, segue em defesa da urgência de se aprovar a Reforma da Previdência. Perguntado sobre uma possível alta do IOF, disse que a decisão ou não sobre elevação de tributos será tomada nas próximas semanas, de acordo com a programação orçamentária do país.

Na esfera político-criminal, seguem as delações da Odebrecht, que podem vir à público, causando apreensão.

De acordo com o Ministério Público Federal, no âmbito da Lava Jato, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral movimentou propina em sete países.

No STF, uma decisão polêmica: o senador Valdir Raupp, ex-presidente do PMDB, virou réu por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em ação envolvendo uma doação legal, caixa 1. O caso está gerando reações e articulações no Congresso.

Nos EUA, dados divulgados mostraram geração de emprego maior que a esperada pelo mercado, o que pressionou o dólar globalmente e no Brasil. Nesta sexta-feira, novos números serão divulgados. A questão é que a economia mais aquecida intensifica a pressão e a expectativa de que o Fed, o banco central americano, aumente a taxa de juros nos EUA já na próxima semana.

No Brasil, rumores de que o governo estaria estudando elevar o IOF sobre operações cambiais também pressionaram o câmbio. Assim, a moeda americana acabou encerrou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,78%, a R$ 3,19.

O Ibovespa, por sua vez, fechou em queda de 0,21%, em 64.585 pontos. Foram decisivas a desvalorização na cotação do petróleo, devido ao aumento dos estoques americanos, e a inflação menor na China.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até 09/03/2017 as 20h30

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