Panorama Semanal de 20 a 24 de março

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A Operação Carne Fraca dominou a semana, mas não foi só. Lista de Janot, projeto de terceirização, Orçamento, Reforma da Previdência e atentado em Londres também foram destaques.

Os desdobramentos da Operação Carne Fraca se fizeram sentir, dos embargos dos importadores à redução do consumo doméstico, passando pela questão política e de imagem de todo um setor. China e Hong Kong, por exemplo, suspenderam todas as importações de carne, não só a dos frigoríficos investigados.

Para o presidente Michel Temer, o episódio virou um “espetáculo” e criou um problema internacional.  Ao jornalista Roberto D’Avila, na GloboNews, Temer disse que vê com “tristeza cívica” o impacto econômico do evento.

A Lista de Janot continua a gerar apreensão. Esta semana, o ministro Edson Facchin recebeu os pedidos para investigar políticos e ministros.

Na Câmara dos Deputados, foi aprovado o projeto polêmico que amplia a terceirização, incluindo até as atividades-fim das empresas. Mas o texto não deve ser o definitivo. Há, inclusive, chance de o Ministério Público do Trabalho pedir o veto da lei que flexibiliza a contratação de terceiros.

A questão fiscal preocupa. A equipe econômica anunciou que, para alcançar a meta de 2017, teria que cortar mais de R$ 58 bi do Orçamento. O valor do corte, no entanto, deve ser menor, se o governo for adiante na intenção de elevar impostos.

Adicionalmente, a proposta da Reforma da Previdência sofreu alterações, com a retirada dos servidores estaduais e municipais, que somam cerca de cinco milhões de beneficiados.

Em Londres, ataques do lado de fora do Parlamento, com mortos e feridos, foram classificados como atentados terroristas e reivindicados pelo Estado Islâmico, elevando a tensão global e a cautela nos mercados. Esta semana, EUA e Grã-Bretanha já operam com restrições a eletrônicos em voos oriundos de determinados países.

Nos EUA, a expectativa política é quanto a aprovação da lei que substituirá o Obamacare.

Por aqui, a inflação medida pelo IPCA-15 desacelerou para 0,15% em março, o menor percentual para o mês desde 2009. E o ranking de qualidade de vida da ONU (IDH) mostrou estagnação do país, o que não ocorria desde o ano de 2004.

Na Bovespa, além do impacto nos frigoríficos e dos fatores políticos envolvendo as reformas e a questão fiscal, pesaram as variações das commodities e o resultado da Petrobras. Embora a petrolífera tenha registrado mais um resultado positivo no último trimestre do ano passado, não escapou de seu terceiro prejuízo anual, de R$ 14,8 bilhões em 2016.

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa encerrou quase estável. Já o dólar fechou cotado a R$ 3,138, uma valorização de 1,29%.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 24/3, às 6h.

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