Turbulência política e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 26 a 30 de junho

Os principais fatos da semana giraram em torno da denúncia ao STF feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da República, Michel Temer, por corrupção passiva. Em pronunciamento, Temer afirmou ser vítima de infâmia e classificou a denúncia como “frágil”, sem provas concretas. A denúncia foi encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que determinará as datas de tramitação para definir, por votação, a autorização do STF na abertura do processo criminal.

No que tange à sucessão de Janot, cujo mandato termina em setembro, Temer quebrou a tradição e escolheu Raquel Dodge, o segundo nome da lista tríplice enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Antes de ser oficializada no cargo, a procuradora precisará ter sua indicação aprovada pelos senadores.

O STF retomou o julgamento sobre a validade das delações da JBS. Nas gravações de Joesley Batista, dono da JBS, a perícia da Polícia Federal recuperou trechos inaudíveis, em que Temer incentivaria “pagamento ilegítimos” a Eduardo Cunha.

Em outra frente da Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci foi condenado a 12 anos de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Outros 12 réus também foram condenados, entre eles o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

Nesta sexta-feira, o ministro Marco Aurélio, do STF, determinou a volta de Aécio Neves ao Senado.

Na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), foi aprovado o relatório da reforma trabalhista e o pedido de urgência para o projeto, que será encaminhado para o plenário. Como reação, protestos tomaram conta de todo o país na manhã desta sexta-feira, contra as reformas trabalhista e da Previdência. Houve paralisação de serviços e bloqueio de importantes vias nas cidades.

O senador Renan Calheiros, que também vem criticando as reformas do governo, anunciou que está deixando a liderança do PMDB. Em discurso, afirmou que “não serve para ser marionete”.

Por atingir o limite de gastos, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes por tempo indeterminado. O governo enviou projeto ao Congresso, onde propõe tirar recursos da Educação para normalizar o serviço.

Na economia, foram divulgados indicadores importantes. O país registrou déficit de R$ 30,7 bilhões em maio nas contas públicas, o pior desempenho desde 2001. Já as contas externas do país registraram saldo positivo de US$ 2,8 bilhões em maio, o maior desde 1995.

O IGP-M registrou queda de 0,67% em junho e deflação de 0,78% em 12 meses. Segundo a FGV, a deflação em 12 meses do IGP-M deve persistir até setembro. E as metas oficiais de inflação do país (IPCA) para 2019 e 2020 foram reduzidas, respectivamente, para 4,25% e 4%.

A taxa de desemprego encerrou maio em 13,3%, atingindo 13,8 milhões de brasileiros, de acordo com o IBGE.

Destaque global, outro grande ataque cibernético atingiu empresas de diversos países, incluindo o Brasil, bem como bancos e aeroportos.

No exterior, preocupa também a tensão entre Síria e EUA. A Síria foi acusada pelos Estados Unidos de preparar um ataque químico. O governo de Donald Trump advertiu que o regime de Assad “pagará um preço alto” se houver matança de civis. Internamente, Trump vem sendo questionado por ações e declarações consideradas polêmicas ou “absurdas”.

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,36%, e o dólar subiu 0,7%, voltando a fechar acima de R$ 3,30.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 30/06, às 12h.

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