O anúncio do novo déficit e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 14 a 18 de agosto

Enfim, foi feito o anúncio da revisão da meta fiscal pelo governo. Aumentou a estimativa dos déficits para 2017 e 2018: a meta deste ano ficou R$ 20 bilhões acima, e a do ano que vem, R$ 30 bilhões maior que o estipulado anteriormente. Em cada ano, a meta de déficit primário é de R$ 159 bilhões.

Além de adiar reajustes dos servidores federais, o governo também reduziu em R$ 10 a previsão do salário mínimo para 2018, com o intuito de gerar economia de caixa.

Outro destaque econômico da semana foi o IBC-Br, com um resultado considerado positivo. A economia brasileira cresceu, de acordo como o indicador do Banco Central, 0,5% em junho, totalizando alta de 0,25% no segundo trimestre.

No comércio, o crescimento no segundo trimestre de 2017 foi de 2,5%, segundo dados do IBGE. O segmento mostrou alta após nove trimestres negativos. No primeiro semestre deste ano, no entanto, ainda acumula queda, de 0,1%.

A situação não é boa no mercado de trabalho. No segundo trimestre deste ano, havia 2,9 milhões de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais, conforme a PNAD, do IBGE.

Na próxima semana, a proposta de reforma política deve ganhar as manchetes, já que pode ir à votação no plenário da Câmara. Em debate, entre outros pontos, estão o chamado distritão e o fundo eleitoral público.

E as investigações e processos não param. Em nova etapa da Lava-Jato, deflagrada pela PF, um dos presos é o ex-deputado Cândido Vaccarezza.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que ocupou a Secretaria de Governo, foi denunciado por obstrução de Justiça e improbidade administrativa. Já a OAB deve recorrer ao STF para que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, analise o pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer.

No exterior, fatos violentos. Nos EUA, houve feridos e uma mulher morta em ato de “supremacistas brancos”. Para complementar, muita polêmica após as declarações do presidente Donald Trump, ainda mais desgastado politicamente, de que “há pessoas boas dos dois lados”, referindo-se aos grupos neonazistas e ao que chamou de “esquerda alternativa”.

Em Barcelona, um ataque terrorista deixou, pelo menos, 13 mortos e mais de cem feridos.

No Brasil, o dólar fechou a quinta-feira em alta, seguindo a tendência internacional – por causa de Trump e devido à divisão no Fed (o BC americano) quanto a um aperto monetário mais intenso. Assim, a cotação da moeda americana, que aqui também sente o impacto das incertezas no avanço das reformas, ficou em R$ 3,179, uma valorização de 1%. Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,9%, influenciado pela nova meta fiscal e por dados macroeconômicos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 18/8, às 10h.

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