A alta do PIB e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 28 de agosto a 1º de setembro

O primeiro dia de setembro trouxe a notícia da alta de 0,2% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, indicando sinais de recuperação econômica.

Os últimos dias de agosto, no entanto, tiveram furacão no Texas, míssil na direção do Japão e alguma dose de inquietação no Brasil, com a expectativa da segunda denúncia envolvendo o nome do presidente Michel Temer, as questões a respeito do ministro do STF Gilmar Mendes, a falta de quórum para aprovar a nova meta fiscal de 2018 (enquanto o déficit aumenta) e a confusão sobre o decreto que extinguiu a reserva na Amazônia.

No universo da Lava Jato, a delação do doleiro Lucio Funaro ganhou as manchetes, com a afirmação de que o dono da JBS, Joesley Batista, comprara seu silêncio. Existe agora uma expectativa de vazamento, após o feriado da Independência, de uma segunda denúncia envolvendo o nome de Temer.

Como nem tudo são flores, outra polêmica gira em torno do pedido de suspeição do ministro do STF Gilmar Mendes no caso de Jacob Barata Filho, preso pela Lava Jato e, em seguida, liberado por Mendes – que teria relações pessoais com o empresário.

O Orçamento de 2018 foi encaminhado, por uma exigência de prazo, com a meta fiscal anterior (déficit de R$ 129 bilhões), em vez do déficit de R$ 159 bilhões projetado agora pela equipe econômica. Líderes do governo, no entanto, dizem que isso não interfere em nada na prática, e os ajustes serão feitos na próxima semana.

Os números deste ano continuam ruins: em julho, as contas públicas registraram déficit primário recorde, de R$ 16,1 bilhões. De janeiro a julho, o rombo é de R$ 51,3 bilhões. Em 12 meses encerrados em julho, são R$ 170,5 bilhões.

O polêmico decreto presidencial que extinguiu, na semana passada, a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, gerou novo debate após ter sido modificado pelo governo e suspenso pela Justiça. Na China, Temer defendeu, em entrevista a jornalistas, o texto do decreto, alegando que prevê, sim, “a preservação absoluta de toda e qualquer área ambiental e área indígena”.

Pelas cidades do país, o desemprego ficou em 12,8% no trimestre entre maio e julho, atingindo cerca de 13,3 milhões de pessoas.

Nos Estados Unidos, o Furacão Harvey causou mortes e caos no Texas, com impactos econômicos. No meio da semana, o presidente americano, Donald Trump, prometeu cortes de impostos, mas sem detalhes. O crescimento da economia no segundo trimestre também foi destaque, com alta de 3%, o ritmo mais alto em dois anos.

O acirramento da tensão mundial ficou novamente por conta da Coreia do Norte, que lançou um míssil sobre o Japão, sem, no entanto, atingir o território do país. Os mercados globais “sentiram o golpe”.

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa registrou queda leve, de 0,07%, com as commodities em alta. Em agosto, houve valorização de 7,46%. No mercado cambial, o dólar também fechou em queda na última sessão do mês, perto da cotação de R$ 3,15. A alta mensal ficou próxima de 1%.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 1/9, às 10h.

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