Onde investir com o novo corte de juros?

Compartilhe o post:

Poucas vezes em nossa história, o banco central do Brasil conduziu com tanta maestria a política monetária. Não faz muito tempo, a inflação, medida pelos IPCA beirava os 11% ao ano. Em pouco mais de um ano, o Banco Central conseguiu ancorar as expectativas, a inflação desabou para 3%, e a taxa Selic, usada como referência para a política monetária, saiu de um patamar acima de 14% para os atuais espantosos 6,75%. Sem dúvidas, uma enorme vitória.

Os livros de economia, contudo, ensinam que é impossível desassociar a política monetária da política fiscal. Nesse sentido, parece prudente que o COPOM encerre o ciclo de queda, uma vez que a questão fiscal brasileira requer cuidados.

Com endividamento elevado e sem perspectivas concretas de aprovação da reforma da Previdência, reduzir os juros estruturais da economia para aquém de 3% poderia ir além do recomendável. Os bancos centrais precisam ser conservadores, controlando o anseio da sociedade por juros baixos, que estimulam o crescimento do PIB.

Sem dúvidas, há muito o que comemorar, mas não podemos ousar além do recomendável. O trabalho do Banco Central brasileiro é primoroso e merece todos os aplausos.

Neste contexto, acreditamos que títulos prefixados com rentabilidade acima de 10% a.a, para o médio prazo (3-5 anos), se tornam bastante atrativos.

De acordo com as curvas de inflação projetadas pelo mercado, estes títulos (se levados ao vencimento) podem gerar ganho real maior que 5% a.a., além de reduzir a volatilidade, que é esperada principalmente no período próximo às eleições. Podemos destacar os seguintes títulos:

Vale ressaltar que o estoque de títulos é limitado, e que a rentabilidade citada é referente ao dia de hoje (09/02), podendo sofrer alterações nos próximos dias, mediante a oferta dos emissores.

Nossa recomendação de carteira inclui entre 30% e 60% dos recursos em renda fixa, distribuídos entre títulos e fundos de renda fixa. Entre estes, destacamos os seguintes fundos que contemplam colchão de segurança, liquidez e retornos acima do CDI:

  • Angá Portfólio – carteira com até 20% em FIDCs da Angá e o restante em títulos públicos.
  • Órama Debêntures Incentivadas – carteira composta por debêntures de infraestrutura. Diferencial é a isenção de imposto de renda.
  • DLM Hedge Conservador II – carteira diversificada com títulos públicos, papéis de crédito privado e operações estruturadas.

Para aproveitar a tendência de alta da bolsa, sugerimos entre 10% e 40% em renda variável e, nesta categoria, o destaque é:

E, para o restante, sugerimos uma alocação entre 0% e 60% em estratégias diferenciadas para adicionar retorno à carteira. Aqui destacamos os fundos multimercado:

Compartilhe o post:

Posts Similares

2 Comentários

    1. Olá, Pedro. Boa tarde! Se enquadra mais como fundo de ações. No entanto, tem uma menor exposição comparado a fundos de ações que não são previdenciário, pois o máximo permitido para ser alocado em ações é 49%. O restante da carteira é alocado em títulos do Tesouro. Como não opera curva de juros, nem moedas, é mais para um fundo de ações. Qualquer dúvida, estamos à disposição.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *