Investimento para mulheres

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As estatísticas continuam contra as mulheres. Como mudar este quadro?

O trabalho de educação financeira e conscientização da importância dos investimentos voltados para as mulheres é baseado em duas premissas principais, tanto aqui no Brasil como em outros países. A primeira diz respeito às condições de remuneração do trabalho da mulher, que não evoluíram muito e, a segunda, à expectativa de vida, que é superior à do homem em sete anos, em média, de acordo com o IBGE.

Compreender, de fato, as consequências dessas estatísticas é fundamental para as mulheres planejarem seus futuros. Aprender o básico de finanças, controlar as despesas de forma mais eficiente e investir com objetivos e nos produtos adequados pode fazer muito mais pelo futuro das mulheres do que esperar por uma equiparação salarial.

 

E por que trazer este assunto à pauta, já que as estatísticas não são novidades?

As Millennials, última geração nascida no século XX, enfrentam os mesmos problemas que suas mães.

Por isso, aproveitando o Dia Internacional da Mulher, queremos deixar um alerta àquelas que estão entrando no mercado de trabalho, assim como às que já estão em posições mais avançadas, mas que ainda estão atrasadas em termos financeiros.

 

Para ilustrar a situação

Uma simulação encontrada no site Ellevest, plataforma digital de investimentos voltada para mulheres, mostra que, mesmo elas não conseguindo uma equiparação de salário, devido a uma defasagem em torno de 30%, se forem disciplinadas, poderão superar a diferença de gêneros e até conseguir um ganho maior, dependendo da performance dos produtos. O recomendado é que elas façam movimentos inteligentes ao longo de suas vidas, investindo 20% da sua renda no mercado financeiro, com uma carteira diversificada e com horizonte de longo prazo (40 anos).

Veja os dados da simulação abaixo:

Imagem - texto mulheres

Para determinar os resultados possíveis, a simulação utilizou diversos modelos de carteiras e taxas de retornos com centenas de diferentes cenários. Uma carteira com 60% em ações, 40% em renda fixa e balanceada anualmente, resultou em 70% de possibilidade para alcançar os números. Outra, começando com 90% em ações e migrando para um perfil mais conservador até o final do horizonte de investimentos (40 anos), resultou em 50% de possibilidade para alcançar os números.

 

Interpretação dos dados

Os resultados são hipotéticos. Além do mais, os dados utilizados são originados em uma realidade bastante diferente da nossa, desde o mercado de trabalho, mais capacitado e bem remunerado, até o perfil e cultura de investimentos.

A remuneração da renda fixa é baixa nos Estados Unidos, e os títulos do Tesouro americano, de 10 anos, pagaram abaixo de 3% ao ano na última década. É por essa e outras razões que os americanos estão tão familiarizados com os investimentos em bolsa.

 

Lição para guardar

O aprendizado que podemos tirar dos números apresentados é que a responsabilidade e a disciplina desempenham um papel fundamental sobre as vidas financeiras das mulheres.

Claro que o aumento salarial não é dispensável, mas as mulheres podem conseguir sustentar um desejado padrão de vida e viver confortavelmente quando se aposentarem se gerenciarem bem seu dinheiro.

 

Dicas para começar

Para finalizar, deixo aqui algumas dicas para enfrentar o desafio:

  1. Ajustar as despesas até chegar a um percentual mínimo de aplicação mensal de 10% da renda.
  2. Ter entre 6 a 12 vezes o gasto mensal aplicado em fundo DI como reserva para emergências.
  3. Ajustar os investimentos anualmente, expandindo a carteira com produtos diversificados e com maior retorno esperado, incluindo fundos multimercado de ações e previdência privada.
  4. Utilizar plataformas de investimento digitais, como a Órama, para iniciar sua vida financeira e fazer suas aplicações.

Bons investimentos!

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