Guerra comercial e os destaques da semana

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A semana começou com declarações de oficias do Reino Unido, afirmando que há pelo menos 60% de probabilidade do Brexit ocorrer sem um acordo com a União Europeia, o que seria muito ruim. Também nada boas foram as declarações de membros do governo americano de que o país pretende voltar com as sanções contra o Irã, e que os países que fizerem negócios com aquele país não poderão transacionar com os EUA.

Em mais um capitulo da guerra comercial entre americanos e chineses, o país oriental decidiu jogar pesado e retaliar, impondo novas tarifas, de 25%, sobre US$ 16 bilhões em produtos como aço, automóveis e equipamentos médicos.

Por aqui, ainda no início da semana, a ata do COPOM indicou que, a despeito de não sinalizar rumos para a taxa SELIC, a autoridade monetária brasileira traça um cenário confortável de inflação, após a greve dos caminhoneiros e mesmo diante das incerteza eleitorais, com uma projeção para 2018 de IPCA em 4,2%.

Por falar em IPCA, o número divulgado pelo IBGE, referente ao mês de julho, foi de 0,33%, bastante abaixo do mês anterior, que captara alta de 1,26%, por conta da greve. No acumulado de 12 meses, a inflação para as famílias que ganham até 40 salários mínimos está em 4,48%. Por falar na greve, o Senado Federal aprovou essa semana as duas medidas provisórias que dizem respeito ao acordo do governo com a categoria, para pôr fim à greve.

Ainda no Congresso, o mesmo Senado sinalizou que não votará qualquer pauta de impacto, até que seja definido o novo presidente da República. Com isso, ficam adiadas as PLCs que tramitam na casa, como as que permitem as privatizações de distribuidoras de energia e aquela que autoriza a Petrobras de transferir para outras petroleiras até 70% dos direitos de exploração do pré-sal.

No campo político, a campanha presidencial teve início, com as chapas de presidente e vice escolhidas pelos diversos partidos, mas persistindo a dúvida petista se o ex-presidente Lula poderá ou não ser candidato. Por ora, Lula segue o candidato, com o ex-prefeito paulista, Fernando haddad de vice, com Manuela D’Ávila de suplente.

Ontem à noite tivemos o primeiro debate com os candidatos, na TV Bandeirantes. O programa foi morno, sem polarizações ou ataques pessoais entre os postulantes ao Planalto. Aqueles que já participaram de outras eleições presidenciais até tentaram ser propositivos em relação à temas importantes para o país, enquanto os “novatos” estavam mais preocupados em não errar e se apresentarem aos eleitores, como alternativa. A avaliação preliminar é que não tivemos vencedores ou perdedores. Concomitante, como o candidato Lula estava impossibilitado pela justiça em participar do encontro da Band, seus possíveis vices (Haddad e Manuela) participaram de um “debate paralelo”, transmitido via redes sociais.

Numa semana marcada por muitos boatos e fake news, a quinta-feira foi mais um dia de grande volatilidade. Apesar da agência de classificação de risco, S&P, reafirmar o rating BB- do país, o Ibovespa, depois de oscilar bastante, fechou seu quarto pregão em queda. No dia, a perda foi de 0,48%, aos 78.767 pontos. Já o dólar atingiu seu maior nível em três semanas. Após atingir R$ 3,83 ao longo dos negócios, encerrou o dia em alta de 1%, aos R$ 3,80

 

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