A disparada do dólar e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 20 a 24 de agosto

A conjuntura externa turbulenta e o cenário interno indefinido politicamente resultaram numa disparada do dólar, que bateu a maior cotação desde 2016. Este foi o principal destaque da semana. O dólar voltou a atingir – e superou – os R$ 4.

Lá fora, apesar de conversas e negociações, continua a imperar certo nervosismo devido à guerra comercial entre China e Estados Unidos, com a entrada em vigor da sobretaxa de 25% imposta a produtos importados da China.

No Brasil, a divulgação de pesquisas de intenção de voto indicando liderança de candidatos menos comprometidos com as reformas estruturais pressionou fortemente a moeda americana, mesmo quando houve arrefecimento da tensão na cena global. Até agora, não há atuação direcionada do BC para conter a alta.

No horizonte econômico, três indicadores importantes ganharam destaque: os números do emprego formal, a prévia da inflação e a arrecadação federal.

Em julho, segundo dados do Ministério do Trabalho, o mercado registrou a criação de 47,3 mil vagas com carteira assinada, num resultado considerado positivo.

Já a inflação medida pelo IPCA-15 marcou alta de 0,13%, a taxa mais baixa para um mês de agosto desde o ano de 2010.

A arrecadação de impostos e contribuições federais, por sua vez, alcançou R$ 129,6 bilhões em julho, uma elevação de quase 13% em comparação a julho de 2017. No ano, a arrecadação federal ultrapassa os R$ 843 bi.

No Congresso, um destaque foi a cassação do mandato de Paulo Maluf pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

No exterior, seguem ecoando as declarações polêmicas e a “novela” sobre questões judiciais envolvendo o presidente Donald Trump e seus ex-colaboradores, com possíveis consequências econômicas. Processos na Justiça fazem referência a descumprimento de regras de financiamento de campanha e sonegação.

A situação da Venezuela, com a desvalorização do bolívar em 95%, alta de impostos e hiperinflação, é crítica. O caos na economia vem intensificando a saída de venezuelanos do país, que migram, inclusive, para o Brasil. Em Roraima, o conflito social com imigrantes é quadro grave.

Na Argentina, a Polícia Federal realizou buscas na casa da ex-presidente Cristina Kirchner, alvo de investigação sobre suposto recebimento de propina.

No pregão de quinta-feira, o dólar fechou, pela 7ª vez seguida, em alta. A cotação do comercial ficou em R$ 4,124, valorização de 1,65%. O Ibovespa caiu 1,25%, aos 75.944 pontos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 24/8, às 9h.

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