Dólar, TSE e os destaques da semana

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A alta do dólar – pressionado pelas incertezas eleitorais, pelas crises argentina e turca e pela tensão no comércio global – continuou a dar o tom esta semana.

Nesta sexta-feira, ganha destaque a divulgação do PIB brasileiro, que teve alta de 0,2% no segundo trimestre, resultado afetado pela greve dos caminhoneiros.

Sessão extraordinária do TSE – que deve julgar pedido de liminar para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participe do Horário Eleitoral – também promete movimentar o último dia de agosto. É possível ainda que seja discutida a validade de candidatura do petista nessa mesma sessão.

Ao longo da semana, para segurar a pressão da moeda americana, o Banco Central ofertou swaps cambiais tradicionais, operação que equivale à venda futura de dólares. Na quinta-feira, porém, para segurar a cotação que passava de R$ 4,20, o BC ofertou novos contratos de swap cambial.

No cenário interno, pesou a divulgação de uma nova pesquisa reforçando liderança de candidatos considerados pouco comprometidos com reformas.  

No início da semana, o julgamento do caso envolvendo o candidato Jair Bolsonaro também repercutiu. A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou denúncia de racismo contra ele, mas, com pedido de vista, o julgamento foi adiado.

Outra notícia de relevo foi o escândalo de campanha política paga, com elogios “fake, nas redes sociais, envolvendo o PT e o PR.

Em Brasília, destaque para a saída do senador Romero Jucá da liderança do governo no Senado.

O presidente Michel Temer fechou acordo para dar reajuste de 16,38% para os ministros do Supremo, com impactos no Orçamento.

Em decisão na quinta-feira, o Supremo liberou a terceirização para todas as atividades, inclusive as atividades fins. Isso já valia para contratos assinados após a Reforma Trabalhista, e agora se estende aos contratos antigos.

A taxa de desemprego caiu para 12,3% no trimestre encerrado em julho, de acordo com o IBGE. A taxa equivale a 12,9 milhões de desempregados no país.

Já o governo central teve um déficit primário de R$ 7,5 bi em julho, resultado melhor que o saldo negativo de R$ 20,1 bilhões de julho de 2017.

A piora do cenário na Argentina e na Turquia traz preocupação de “contaminação” no Brasil. As moedas dos dois emergentes estão sofrendo desvalorizações. Na Argentina, o presidente Macri pediu antecipação de empréstimos ao FMI. Um plano econômico deve ser anunciado na segunda-feira.

A relação entre EUA e China continua a gerar tensão. O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o país oriental quer prejudicar o acordo de desnuclearização da Coreia do Norte.

Uma notícia positiva no exterior foi o acordo fechado entre autoridades do México e dos Estados para solucionar questões bilaterais no Nafta, bloco comercial que inclui também o Canadá.

No EUA, foi divulgado o PIB do segundo trimestre, que ficou em 4,2% (taxa anualizada), acima da primeira estimativa para este indicador (4,1%). Mas o crescimento dos gastos dos consumidores ficou abaixo do divulgado anteriormente.

Na Venezuela, a crise é severa, e a situação dos imigrantes afeta diretamente o Brasil.

Com o clima de nervosismo interno e externo, no fechamento desta quinta-feira, o Ibovespa registrou queda de 2,53%, a 76.404 pontos. O dólar recuou do patamar de R$ 2,20 após a intervenção do BC, mas, mesmo assim, encerrou em alta de 0,63%, cotado a R$ 4,14.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

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