Pesquisas eleitorais, fake news e os destaques da semana

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Pesquisas eleitorais continuam dando o tom do noticiário.

Pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira mostrou Jair Bolsonaro na frente, com 59% dos votos válidos. Fernando Haddad tem 41%. Os números são quase os mesmos da semana passada (58% contra 42%). Bolsonaro, mesmo liberado por médicos, não se mostra disposto a participar de debates.

Ao longo da semana, o dólar ficou abaixo do patamar de R$ 3,70 pela primeira vez desde maio, dado o otimismo dos investidores com a possível eleição do candidato que se declara mais comprometido com as reformas.

Mas o cenário é tão volátil que, na quinta-feira, a moeda americana disparou, mediante uma informação de que o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, não ficaria no cargo no próximo governo.

As fake news foram notícia. Após denúncia de que empresários estariam comprando pacotes de fake news contra o PT para circular nas redes sociais, alguns partidos cogitam entrar com uma ação no TSE para anular o pleito. Bolsonaro diz que não controla as redes. Haddad quer sanções.

Outro fato de relevo foi o indiciamento pela Polícia Federal do presidente Michel Temer por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso de supostos benefícios a empresas do setor portuário. O relatório será enviado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que decidirá se fará denúncia ou não.

Na economia, uma boa notícia. De acordo com o IBC-BR, índice calculado pelo Banco Central que é uma espécie de previsão do PIB, a expansão da economia ficou em 0,47% no mês de agosto. O percentual veio bem acima do 0,2% esperado pelos economistas. Em 12 meses, o país cresceu 1,5%, segundo o IBC-BR.

No cenário externo, a guerra comercial segue influenciando os indicadores. Nesta semana, o caso envolvendo o “sumiço” do jornalista saudita repercutiu bastante. Gravações e investigações revelam que ele teria sido brutalmente assassinado com a possível conivência do príncipe saudita, aliado dos EUA.

A divulgação da ata do Fed também mexeu com os indicadores. De acordo com o documento do banco central dos Estados Unidos, a tendência é de fortalecimento do dólar.

Nesta sexta-feira, a China divulgou que o país cresceu 6,5%. A taxa é o menor resultado trimestral em nove anos. Mediante, os dados, o governo chinês lançou um pacote de medidas para acalmar os mercados.

Assim, na quinta-feira, o cenário de fortalecimento da moeda americana no mundo e a queda das bolsas nos EUA (devido à alta das taxas do Tesouro americano e às tensões comerciais), junto com rumores envolvendo a saída de Goldfajn no BC, resultaram na valorização de 1,16% do dólar, cotado a R$ 3,725. Na Bolsa, após realização de lucros, o Ibovespa caiu 2,24%, para 83.847 pontos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 19/10, às 10h.

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