A prisão de Lula, o reajuste do funcionalismo e os destaques da semana.

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Panorama Semanal de 17 a 21 de dezembro

Em mais um capítulo da briga em torno da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira, último dia antes do recesso do Judiciário, o ministro do STF Marco Aurélio Mello mandou soltar condenados em segunda instância com recursos pendentes – caso de Lula. Horas depois, porém, já no plantão do Judiciário, a decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, revogou a liminar de Marco Aurélio.

Outra questão polêmica também foi protagonizada pelo Supremo esta semana. O ministro Ricardo Lewandowski suspendeu uma medida provisória que adiava o reajuste do funcionalismo para o ano de 2020. Com a suspensão, o novo governo terá que dar aumento aos servidores em 2019, com impacto previsto de cerca de R$ 5 bilhões.

E Raquel Dodge, procuradora-geral da República, pediu ao Supremo a abertura de cinco novos inquéritos, com o objetivo de investigar o presidente Michel Temer.

Na economia, promessa de desoneração e expectativa com juros, no Brasil e nos EUA.

A equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que pretende “limpar” a incidência de tributos sobre a folha de pagamento, deixando apenas o Imposto de Renda.

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, o cenário é de inflação mais controlada. As projeções recuaram de 4,4% para 3,7% este ano. E de 4,2% para 3,9% no ano que vem. Assim, é possível que haja mais quedas na Taxa Básica de juros da economia, a Selic, que hoje está em 6,5% ao ano (menor patamar histórico). O BC, no entanto, prega cautela. Segundo a autoridade monetária, apesar de menores, os riscos de pressão inflacionária ainda existem, seja por causa do cenário externo seja pela dificuldade da aprovação da Reforma da Previdência no Congresso.

Nos Estados Unidos, a decisão do BC americano, o Fed, de elevar os juros influenciou os mercados. A taxa foi elevada em 25 pontos-base, entre 2,25% e 2,5% ao ano. Havia uma expectativa em torno de uma política de juros mais baixos, com um tom mais incisivo nessa direção por parte do presidente do órgão, Jerome Powell, o que não ocorreu. Estavam previstas três elevações da taxa de juros no ano que vem, agora são duas – mas esta redução não parece suficiente aos olhos dos investidores.

No Brasil, ainda na economia, destaque para a inflação medida pelo IPCA-15, que caiu 0,16% em dezembro, acumulando 3,86% em 2018.

Outro indicador divulgado durante a semana foi a geração líquida de empregos com carteira assinada: 58,6 mil vagas em novembro, o melhor resultado para o mês desde 2010.

No cenário externo, seguem os impasses sobre um Brexit sem acordo definido.

Outros fatos com forte repercussão foram a continuidade da guerra comercial entre EUA e China, bem como as discussões para se evitar um “shutdown” nos EUA, com a não aprovação do Orçamento local.

E o chefe do Pentágono, Jim Mattis, deixou o governo de Donald Trump, após a decisão do presidente americano de retirar as tropas da Síria.

Outro foco de tensão foi a declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre as chances de uma guerra nuclear, porque os EUA abandonaram acordos, levando os países a uma corrida armamentista.

Na novela do Facebook, a notícia foi, mais uma vez, sobre os acessos não autorizados a mensagens de usuários e contatos para determinadas empresas.

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa caiu 0,47%, para 85.269 pontos. O dólar fechou em queda de 0,54%, cotado a R$ 3,85.

Obrigada, bom fim de semana, um Natal com muita paz e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 21/12, às 9h.

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