Resumo do dia 25 de fevereiro de 2019

Compartilhe o post:

RESUMO DO DIA 25/02/2019

BRASIL

A semana começou registrando queda do principal índice da bolsa brasileira, o ibovespa, caindo 0,66%, após leve alta de 0,37% acumulada, na semana passada. O índice vem encontrando dificuldade para romper a resistência atual, no patamar de 98 mil pontos.

O dólar fechou o dia com variação positiva de 0,06%, negociado a R$3,743. O Banco Central (BC), através do Boletim Focus, manteve o mesmo posicionamento em relação ao dólar, estimando a cotação da moeda norte-americana a R$3,70, no final de 2019.

Além da divulgação da projeção da cotação do dólar, o BC prevê um crescimento de 2,48% no PIB, para este ano. Já para 2020, a nova expectativa de crescimento é de 2,65%, no último informe, o PIB para 2020 seria de 2,58%. O fato que leva esse otimismo interno é a grande possibilidade da aprovação do projeto da reforma da Previdência, algo que o mercado entende como medida necessária.

Não somente a expectativa interna é positiva, como a externa também. Espera-se que a Balança Comercial (Exportações – Importações) seja de US$ 51 bilhões, e ainda que os Investimentos estrangeiros girem em torno de US$80 bilhões. A Balança Comercial, conforme registrado na semana passada, teve superávit de US$ 2 bilhões.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a proposta precisará de algumas modificações para que passe pelo Congresso. A grande preocupação do Governo com a aprovação da reforma é o número de aliados. Já havíamos falado no último resumo que o presidente do senado, David Alcolumbre, havia informado que o Governo não tinha nem 100 votos a favor (54 do PSL + 27 do DEM), onde precisa-se de 308, para aprovação na Câmara dos Deputados.

Outro ponto é a questão da reforma não estar completa, pois ainda faltam alguns detalhes muito importantes para a previdência dos militares. Alguns deputados e até líderes partidários estão se manifestando dizendo que Previdência não deveria estar sendo discutida sem ter todos os pontos bem colocados.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, teve um discurso firme na reunião do Grupo de Lima, nesta segunda-feira. Mourão afirmou que o Brasil não aceitará, em hipótese alguma, que os EUA usem o território brasileiro para uma intervenção na Venezuela. Disse ainda que acredita não serem necessárias medidas extremas, para que o Brasil não seja confundido com uma nação violadora de soberanias.

EUA

Na esperança de que a guerra comercial entre os EUA e a China se resolva logo, a bolsa americana, otimista, subiu: o S&P500 0,12% e o Nasdaq 0,36%, porém, como o presidente Trump é caracteristicamente imprevisível, o mercado adota uma certa cautela, e já até projeta possíveis cenários em que Trump mantenha as tarifas sobre as importações chinesas.

36% dos economistas apurados pela Bloomberg acreditam que se as tarifas se mantiverem, o PIB para 2019 diminuiria 0,25%; 26% estimam que o PIB seria afetado em 0,50% e 15% projetam uma possível redução de mais de 0,50%. Isso causaria um impacto na inflação americana também, já que a indústria deixaria de importar tanto devido aos altos preços, resultado das tarifas, virando para o mercado interno e deixando o capital no país. A previsão é de um crescimento de 0,20% da inflação.

Mais de três quartos dos economistas americanos acreditam que os EUA entrarão em recessão até o final de 2021 – 10% esperam o início da recessão neste ano, 42% no ano que vem e 25% em 2021 – apesar de a maioria ainda estimar que o Fed continuará a aumentar a taxa de juros neste ano.

Essas projeções poderão mudar ainda essa semana já que na quinta feira é esperada a liberação dos dados do PIB americano para o quarto trimestre de 2018, que foi adiado graças ao “shutdown” de janeiro; lembrando que a previsão para o PIB do primeiro trimestre deste ano já é baixa devido ao impacto da paralisação parcial, portanto, se os números de quinta-feira forem muito abaixo do previsto, o tempo esperado para a recessão diminuirá. A expectativa entre os economistas é de que o PIB caia de 3,4% para 2,5% do terceiro para o quarto quarto de 2018.

EUROPA

No mercado europeu a semana se inicia com uma alta de 0,29% no principal índice, EuroStoxx50, atingindo os 3.280,01 pontos. O euro abriu a semana com alta de 0,26%, onde testou a barreira dos R$4,263. Um dos benchmark mais importantes do mundo e muito usado na Europa, o MSCI World, abriu a semana quase que estável, subindo apenas 0,01%, continuando nos 2092,06 pontos. Nesta terça-feira, o índice inicia o dia com uma leve queda de 0,03% O índice de Commodities, CRB Commodity, iniciou a semana com queda expressiva de 1,26%, voltando para 181,75 pontos.

Após o Presidente Americano Donald Trump ter publicado no twitter que há um importante progresso nas negociações com a China, o mercado europeu reagiu de forma positiva.

O jogo parece mudar o ritmo, em relação a data do Brexit. Theresa May passa a considerar fortemente a possibilidade de adiar o Brexit, para que o mesmo não ocorra sem um acordo aprovado. O evento até então está marcado para o dia 29 de março.

Apesar de ter que dar o “braço a torcer”, a primeira-ministra britânica se verá na posição de concretizar o Brexit com ao menos um acordo. Os parlamentares britânicos estão fazendo grande pressão para que venha ocorrer uma prorrogação no prazo. May aceitou a data do dia 12 de março para que seu acordo com a União Europeia sobre o Brexit seja submetido à votação parlamentar.

Com todo esse desenrolar, a crise política no Reino Unido se agrava, a cada dia que se passa os parlamentares vão se dividindo entre a ideia de prorrogar o Brexit, para que não ocorra com um no-deal, e executá-lo de forma imediata. No gabinete da primeira-ministra, alguns aproveitam toda a situação para embasar suas teorias de que May deve sair do poder.

Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian

As informações contidas nesse material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os ativos, operações, fundos e/ou instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Recomendamos o preenchimento do seu Perfil de Investidor antes da realização de investimentos.
LEIA O REGULAMENTO, O FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES E A LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS DOS FUNDOS ANTES DE INVESTIR. O REGULAMENTO, O FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES E AS LÂMINAS DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS, QUANDO OBRIGATÓRIOS, ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE DA DISTRIBUIDORA (www.orama.com.br). DESCRIÇÃO DO TIPO ANBIMA DISPONÍVEL NO FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – FGC. ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO. A ÓRAMA SE EXIME DE QUALQUER RESPONSABILIDADE POR QUAISQUER PREJUÍZOS, DIRETOS OU INDIRETOS, QUE VENHAM A DECORRER DA UTILIZAÇÃO DESTE MATERIAL OU SEU CONTEÚDO.
Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.
Compartilhe o post:

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *