Pesquisa da Datafolha sobre o governo e os destaques do fim de semana

BRASIL

O Ibovespa fechou o último pregão com valorização de 0,83%, chegando a 97.108,17 pontos, acumulando alta semanal de 1,78% e seguindo a recuperação após a perda de 5,45% há duas semanas. O DI com vencimento em Janeiro de 2025 (DI1F25) ficou estável, sendo negociado a 8,69% ao ano.

O dólar fechou a semana a R$3,87, permanecendo no mesmo patamar no qual iniciou a semana.

Na política, estamos chegando a uma marca muito simbólica para o início dos governos, os primeiros 100 dias no poder. Essa é uma data em que se avalia o desempenho inicial do governante mediante as promessas feitas nas eleições.

O Datafolha fez uma pesquisa e como resultado chegou que 30% dos brasileiros acham o modelo de governança de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo, 32% acham ótimo ou bom e  33% dos brasileiros acham o governo regular. É o pior início de um governante em primeiro mandato. Ainda assim, os brasileiros têm esperança de que o governo dê uma reviravolta nos números, 59% acham que o governo será ótimo ou bom. Um número um pouco menor do que no período eleitoral, quando se registrava 69% achando que o governo seria ótimo ou bom.

Na semana, as atenções estarão voltadas para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O relator, o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) deverá apresentar o relatório de admissibilidade da reforma da Previdência.

Ainda hoje o mercado fica à espera do Índice Geral de Preço (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Já na quarta feira, junto com o marco de 100 dias do Governo Bolsonaro, o IBGE divulgará o Índice de Preços aos Consumidor (IPCA).

EUA

Os índices das bolsas norte-americana fecharam o pregão de sexta-feira em alta. O S&P 500 teve valorização de 0,46%, a 2.892,74 pontos. O índice marcou o sétimo dia seguido de alta, com valorização de 2,06% na semana. O índice Nasdaq 100 também segue a mesma tendência e fechou o último pregão a 7.578,84 pontos, com alta de 0,51%. Na semana a alta é de 2,71%.

O índice que mede a variação do dólar frente às outras moedas internacionais, o DXY, fechou a semana com variação de 0,11%. O mercado segue à espera da assinatura do acordo comercial entre EUA e China e das decisões do FED.

Donald Trump passou a semana toda ameaçando fechar a fronteira com o México, alegando que nos EUA não há mais espaço para imigrantes latino-americanos. Além disso, o presidente dos EUA atentou para a grande quantidade de drogas que tem passado pela fronteira. Trump ainda disse que aumentaria as tarifas de produtos específicos mexicanos, caso o governo não colaborasse para a diminuição de imigrantes. Em fevereiro, foi contabilizado 66.450 imigrantes ilegais cruzando as fronteiras.

Esta semana o mercado fica no aguardo da reunião da OPEP, da divulgação do estoque do petróleo bruto e da reunião do FOMC.

EUROPA

Na Europa, os mercados fecharam a semana em alta expressiva. O principal índice do bloco econômico, o EuroStoxx 50, teve alta semanal de 2,86%, a 3.447,47 pontos. Já o principal índice de Londres, o FTSE 100, teve performance positiva de 2,30%, a 7.446,87 pontos. E por fim o DAX 30, principal índice de bolsa da Alemanha, que teve valorização semanal de 4,20%, chegando a 12.009,75 pontos.

A comissária de Comércio da União Europeia (UE), Cecilia Malmström, condenou as políticas comerciais da China, mas disse que o bloco não seguirá a tática dos EUA de usar tarifas para forçar Pequim a negociar. O que mais preocupa as autoridades europeias é o modelo de estatais dos chineses, causando ameaça às fábricas nacionais europeias.

O Brexit está para ser adiado mais uma vez à véspera do dia D, dia em que se concretizará a saída do Reino Unido da UE. Na última sexta-feira, a primeira-ministra britânica enviou ao Conselho Europeu um pedido de adiamento do Brexit, para o dia 30 de junho. A data estava marcada para a sexta-feira desta semana, dia 12.

O presidente do Conselho Europeu se reunirá na quarta-feira com o colegiado para votar o pedido de prorrogação solicitado por May.

Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik

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