Incertezas em relação a reforma da Previdência e os últimos destaques

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BRASIL  

O Ibovespa fechou em queda a 89.992,73 pontos. Na semana, acumulou prejuízo de 4,52%. A desvalorização da bolsa brasileira tem como principal motivo as incertezas e indefinições que o investidor está vendo com relação a aprovação da reforma da Previdência.

O dólar fechou a R$ 4,10, valorizando 3,6% na semana. No final do dia, o BC anunciou que fará leilões de linha – venda de dólares com compromisso de recompra – podendo chegar a US$ 3,75 bilhões. Vale lembrar ainda que o para país possui reservas internacionais e o saldo atual é de US$ 384,5 milhões.

Os contratos de DI, com vencimento em janeiro de 2025, avançaram mais de 20 pontos na semana, negociados a 8,85%.

O ambiente negativo do mercado internacional refletiu nos preços dos ativos locais, no entanto, o aumento do desgaste do governo e a difícil relação com o Congresso, aumentaram o grau de incerteza com relação à capacidade de aprovar as reformas, principalmente a da Previdência, que é tão importante para a retomada da economia.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira que anunciará na próxima semana ou na seguinte uma agenda “muito racional, muito objetiva” de reestruturação do Estado, em parceria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e “sem ficar olhando para a internet”. Na última semana o deputado relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, disse publicamente que Maia era peça chave para a boa relação do Governo com o Congresso.

A mineradora Vale publicou nota oficial expondo o risco do rompimento da mina de Barão de Cocais, em Minas Gerais. A empresa informou que continua monitorando o local 24 horas por dia. Estima-se que a mina pode romper até o dia 25 de maio, próximo sábado.

INTERNACIONAL

As bolsas nos EUA, Ásia e Europa caíram na sexta. O índice MSCI de Mercados Emergentes caiu 1,8%. Na semana, as bolsas ao redor do mundo acumularam prejuízos.

Dados da produção industrial na China mais fracos, a economia alemã que cresceu apenas 0,5% no primeiro trimestre e nos EUA, as quedas nas vendas no varejo em abril e a produção industrial mais baixa pela terceira vez em quatro meses, são sinais de desaceleração global sincronizada.

As negociações entre Estados Unidos e China estão em modo “pause”. Ao que parece, três pontos principais são determinantes para que os chineses aceitem o acordo comercial: 1) a remoção das tarifas 2) planos de compras realistas e 3) redação do texto final. Novas conversas só deverão acontecer em junho, na reunião do G20, no Japão.

O governo chinês disse que vai agir para neutralizar os efeitos de maior tarifação e manter a economia no trilho, o que significa mais estímulos à economia doméstica. A moeda chinesa depreciou, negociada a 6,9170 por dólar.

Trump adiou a decisão de impor tarifas ao comércio de automóveis e autopeças com a União Europeia e Japão para negociações nos próximos 180 dias, apesar da declaração de ameaça à segurança nacional. As tarifas aumentam os custos, reduzem a competição global e criam incerteza resultante da desaceleração de investimento e crescimento.

A libra esterlina depreciou, cotada a US$ 1,2824. Os investidores não estão convencidos que a primeira-ministra britânica conseguirá aprovar o plano de saída da União Europeia no Parlamento, em sua quarta tentativa. Sem suporte do Partido Trabalhista, aumentam os riscos de uma saída sem acordo.

O petróleo está sendo negociado acima de US$ 63. Há sinais de divergência na entre os membros da OPEP com relação à estratégia de produção de petróleo. Enquanto a Arábia Saudita e outros países sinalizaram a intenção de manter o freio na produção até o final do ano, o ministro de Energia russo quer esperar até o final do próximo mês para tomar uma decisão. Além disso, novas tensões entre EUA e Irã podem intensiicar o conflito entre os dois países.

O presidente do Fed, banco central americano, discursa hoje à noite sobre os riscos do sistema financeiro. A ata da última reunião do comitê de política monetária americana será divulgada na quarta.

Os futuros abrem o dia em queda.

Dólar R$ 4,10 +1,32%
DI  Fut Jan/25 8,85%    +11 pbs
Ibovespa 89.992 pts -0,04%
S&P500 2.859 pts -0,589%


Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik

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