Ibovespa tem o melhor resultado de maio em 10 anos e os últimos destaques

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BRASIL  

Pela primeira vez na semana, o Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,44%. No entanto, o índice teve o primeiro mês de maio positivo em dez anos, com alta de 0,70%. O Ibovespa acumula 10,4% no ano e 26,40%, em 12 meses.

A variação negativa de 2,15% da Petrobras ON, foi o destaque na sexta-feira. A queda tem relação com a cotação do dólar e o preço do petróleo no mercado internacional. No final do dia, a Petrobras anunciou redução dos preços da gasolina e do diesel nas refinarias.

O dólar recuou 1,32%, cotado a R$ 3,94, menor nível desde 30 de abril. Durante o mês, foi negociado acima de R$ 4, entre os dias 15 e 28.

Na sexta-feira, foi o último dia para receber emendas para a reforma da Previdência. Foram entregues 277 sugestões de alteração na Comissão Especial. Cabe agora à consultoria legislativa filtrar as que são válidas e discutir com os líderes para conseguir a aprovação do texto.

O relator Samuel Moreira (PSDB-SP) pretende retirar os estados e municípios da proposta da reforma da Previdência, mas disse que ainda vai debater o tema com muito cuidado. A medida poderá agravar a crise fiscal dos governos regionais e a União ainda ter que socorrê-los.

O Centrão (bloco formado pelo PL, PP, PRB. DEM e Solidariedade) manifestou apoio à ‘reforma alternativa’ do PL para a Previdência. As mudanças estimam valor entre R$ 600 e R$ 700 bilhões de economia para os cofre público. No texto do PL são mantidas inalteradas as concessões de aposentadorias dos trabalhadores rurais e professores e, também, nos benefícios assistenciais.

A medida provisória que altera o marco regulatório do saneamento e viabiliza a privatização das companhias estaduais do setor emperrou na Câmara por objeção de grande parte dos governadores. A MP perde a validade nesta segunda-feira.

O presidente Jair Bolsonaro disse que a MP 871, para combater fraudes no INSS, será votada hoje, o que será um desafio, pois às segundas-feiras não há sessão deliberativa. A expectativa era que o assunto tivesse se encerrado na quinta-feira, mas não houve acordo com a oposição. A estimativa de economia, caso o texto seja aprovado, é de R$ 10 bilhões, ainda este ano.

INTERNACIONAL

Maio foi o pior mês para o mercado acionário global em 2019. A última sessão foi de baixa nas bolsas europeias, pressionada pela nova escalada da retórica protecionista por parte do presidente americano. O índice Euro STOXX 50 fechou com queda de 1,14%

Na Ásia, as bolsas também seguiram o mesmo caminho, com queda de 1,63% na bolsa de Tóquio. A aversão ao risco, que já predominava na semana, acentuou-se após o governo da China ter confirmado estar pronto para restringir a venda de terras raras aos Estados Unidos. As terras raras são um grupo de 17 metais essenciais para o crescimento acelerado, como o desenvolvimento de carros elétricos, mas também utilizados na indústria de armamento.

Não foi diferente nas bolsas americanas. O S&P500 após cair 1,32%, registrou o pior mês de maio desde 1960, acumulou prejuízo de 6,6%.

Apesar dos preços das ações mais atraentes, a procura por ativos considerados porto seguro ainda continua. A possibilidade de que o conflito comercial global se prolongue  é uma ameaça para os lucros corporativos e reduz o apetite ao risco.

A notícia da imposição de tarifas de 5% sobre todos os produtos vindos do México, a partir de 10 de junho, atinge ambas as economias. Os carros fabricados no México foram responsáveis por 17% das vendas globais das montadoras de automóveis de Detroit em 2018.

A China impôs tarifas de 25% sobre um lote adicional de US$ 60 bilhões de produtos importados dos EUA, em retaliação ao aumento de taxas correspondentes. O país anunciou também planos para criar uma lista negra de companhias estrangeiras, acusou a Fedex, a gigante de logística americana, por desvio de encomendas destinadas à Huawei, mas disse estar aberta às negociações.

O ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em entrevista, explicou as razões pelas quais o Reino Unido deveria se manter na União Europeia.

No final do mês passado, não havia a ameaça ao acordo entre Estados Unidos e China, o Irã não era um problema e o Brexit não parecia tão complicado. Para o mercado voltar às compras de ativos de risco vai precisar de novidades, sejam do mundo político ou do Fed.

Junho deverá ser volátil e agitado no mercado internacional. O encontro entre os presidentes Trump e Xi Jinping na cúpula do G20, no Japão, será ansiosamente aguardado. Nesta semana, o dado mais aguardado é o payroll americano, ou seja, os números sobre o mercado de trabalho, na sexta-feira.

Nesta manhã, os mercados na Ásia e Europa operam em baixa, assim como os futuros dos índices dos EUA. A demanda por títulos do Tesouro americano continua e o yield já está sendo negociado a 2,1%. O ouro também sobe, cotado a US$ 1.317.

Dólar R$  3,94 -0,79%
DI  Fut Jan/25 8,13%    -1 pbs
Ibovespa 97.030 pts -0,44%
S&P500 2.752 pts -1,32%

Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik

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