Contratos futuros do DI negociados com taxa de 7,22% e os últimos destaques

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BRASIL  

O Ibovespa encerrou em alta de 1,70%, aos 102.013 pontos, patamar inédito. Na semana, o índice avançou 4,05% puxado pelo bom humor no exterior e as expectativas de aprovação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara na quinta-feira.

O presidente Jair Bolsonaro minimizou a possibilidade de atraso na votação da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, em razão do tradicional esvaziamento dos trabalhadores do Congresso devido aos festejos juninos. “Se atrasar mais uma semana, não tem problema, não. Toca o barco aí”, disse Bolsonaro

Enquanto isso, mais uma mudança na articulação política do governo. O presidente Jair Bolsonaro concordou que havia dificuldades nas negociações entre o Executivo e o Legislativo e nomeou o General Luiz Eduardo Ramos para o minstério da Secretaria do Governo, no lugar do General Carlos Alberto dos Santos Cruz, que após sua saída concedeu uma entrevista para a Revista Época. O presidente negou o esvaziamento das atribuições de Onyx Lorenzoni, o titular da Casa Civil. A mudança ocorre num momento muito sensível, em que a reforma mais importante para a  crescimento do país está na sua reta final.

O dólar encerrou a semana com desvalorização de quase 2%, cotado a R$ 3,82. Os contratos futuros do DI com vencimento em janeiro 2025, foram negociados com taxa de 7,22%.

As projeções de IPCA foram ajustadas pelo Copom e ficaram abaixo do centro das metas para 2019 e 2020. No cenário de Selic a 6,5% e dólar a R$ 3,85, as estimativas são de 3,60% e 3,70%, respectivamente. Para o Focus, com Selic a 5,75% no final do ano e dólar a RS$ 3,80, o IPCA é 3,60% em 2019 e 3,90% em 2020.

A Odebrecht entrou com pedido de recuperação judicial, para renegociar o pagamento de quase R$ 100 bilhões em dívidas, a maior da história do Brasil. Os principais credores são os bancos públicos. No centro de escândalos de corrupção, a empresa irá operar normalmente enquanto reestruturar sua dívida.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, não deverá comparecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados  prevista para a próxima quarta-feira. O ministro estará cumprindo uma agenda fora do país. Ele embarcou no sábado para os Estados Unidos e deve retornar a Brasília somente na quarta-feira, mesmo dia em que a audiência será realizada. A ideia de CPI arrefeceu, o ministro tem apoio do governo e sua popularidade é alta.

O secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, disse ao Valor Econômico que o Brasil terá um ganho acumulado, da ordem de R$ 500 bilhões ao longo de 15 anos de redução progressiva das tarifas com o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

INTERNACIONAL

Foi uma semana de forte valorização no mercado global. Subiram as ações, os preços dos títulos soberanos e o preço do petróleo. Os discursos mais favoráveis a estímulos monetários (dovish) dos bancos centrais e as expectativas positivas para a reunião de Trump e Xi Jinping no Japão, levaram os investidores às compras.

Os índices da zona do euro registraram fortes altas na semana. O Euro Stoxx 600 avançou 1,57%. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,84%, o DAX, 2,01% e o CAC-40, 2,99%.

Os índices de Nova York encerraram em alta de mais de 2%, em níveis históricos recordes. O S&P 500 avançou 2,20%, enquanto o Nasdaq registrou ganhos de 3,01%.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos caiu abaixo de 2%, a 1,974%, menor nível desde 2016.

O preço do petróleo estendeu os ganhos da quinta-feira, quando o WTI chegou a subir 6% ao longo do dia e fechou em alta de mais de 5%, cotado acima de US$ 57. A alta da commodity tem relação com o clima de tensão geopolítica no Oriente Médio.

O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou, no Twitter, que havia ordenado um ataque contra alvos do Irã, mas reverteu a ordem minutos antes. Segundo ele, as consequências seriam desproporcionais à derrubada de um drone americano no Estreito de Ormuz.

No Reino Unido, hoje completa três anos que os britânicos votaram a favor do Brexit e ao custo de dois primeiros-ministros. Para substituir Theresa May, os MPs do Partido Conservador já decidiram pelos dois candidatos finalistas e Boris Johnson é o favorito para assumir o posto de primeiro-ministro britânico. O ex Secretário do Exterior tem cortejado os conservadores com um discurso contundente sobre deixar a União Europeia em outubro, com ou sem acordo.

Segundo as leituras dos índices dos gerentes de compras americanos (PMI), há uma percepção de que o ritmo de atividade está reduzindo. O PMI industrial caiu para 50,1 em junho, ante 50,5 em maio, ficando pouco acima do limite de 50, que separa a expansão da contração. Na Alemanha, a confiança dos empresário caiu para o nível mais baixo desde 2014, de acordo com o índice Ifo. A economia na Alemanha continua a desacelerar.

Nesta manhã, as bolsas na Ásia operam sem direção definida e caem na Europa. Os futuros nos EUA operam com viés de baixa.

Dólar R$  3,822 -0,46%
DI  Fut Jan/25 7,22%    +16 pbs
Ibovespa 102.013 pts +1,70%
S&P500 2.950 pts -0,13%

Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik

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