O IPCA desacelera para 0,11% em agosto e os últimos destaques.

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BRASIL EM FOCO 

A aparente trégua na guerra comercial, com as conversas agendadas entre China e EUA para outubro, foi o destaque dos últimos dias. A mudança na percepção de ativos de risco globalmente reflete na recuperação do Ibovespa, que terminou o pregão em alta de 0,68%, aos 102.935 pontos. Na semana, a alta foi de 1,78%. O dólar seguiu o mesmo caminho, sendo negociado na sexta-feira a R$4,0786, em queda de 0,75% e acumulando queda de 1,52% na semana. No fim da última sessão regular, às 16h, o DI para janeiro de 2025 passou de 6,98% para 7,01%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, desacelerou para 0,11% em agosto. O resultado reflete a deflação observada nos grupos de Alimentação e bebidas (0,35%) e de Transportes (0,39%). O Índice acumulado em 12 meses ficou em 3,43%. (Valor)

Anunciamos no último Panorama os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) que demonstravam as quedas nas exportações do setor automotivo. O Brasil assinou com a Argentina, nosso principal parceiro nesse segmento, o acordo que prevê livre comércio de carros entre os dois países dentro de 10 anos. O acordo, que vinha sendo negociado desde 2016, tinha início de vigência programado para 2020, mas a extensão desse prazo de adequação foi visto como benéfico para ambos os lados. (G1)

A B3 anunciou que irá unificar a movimentação dos investidores estrangeiros no mercado de renda variável. A mudança tem por objetivo deixar juntas as informações sobre a movimentação dessa classe de investidor no mercado primário (ofertas de novas ações) no mercado secundário (bolsa). (Valor)

Hoje, segunda-feira, vale acompanhar a entrevista do Ministro da Economia, Paulo Guedes, no Valor, na qual afirma que a proposta é: “Vamos desindexar, desvincular e desobrigar todas as despesas de todos os entes federativos. (…) Eu quero privatizar todas as empresas estatais. A decisão é do Congresso”

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

Nos EUA, a divulgação dos dados do emprego e a sinalização do presidente do Fed de que a taxa deverá sofrer mais um corte na próxima reunião movimentaram os índices que fecharam sem direção definida. Mas todos terminaram a semana em altas próximas das máximas históricas. O S&P 500 teve ganhos de 0,09% no dia, aos 2.978,71 pontos. Na semana, contudo a alta foi expressiva de 1,79%.

O crescimento do emprego nos EUA desacelerou mais do que o esperado em agosto, com as contratações no varejo caindo pelo sétimo mês consecutivo, mas isso foi compensado pelos fortes ganhos salariais que devem apoiar os gastos dos consumidores e manter a economia em expansão moderada em meio a ameaças crescentes de tensões comerciais. O relatório reportou a criação de 130 mil novas vagas no setor privado, a expectativa era de 158 mil vagas.  

Também na sexta-feira, falando na Universidade de Zurique, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o mercado de trabalho estava forte e que o banco central continuará a “agir conforme o apropriado” para sustentar a expansão econômica. Ele também disse que os Estados Unidos e a economia mundial não devem cair em recessão. Essa declaração deu a entender para o mercado que a queda no juros este mês será de 25 basis points, o que já era esperado. (Reuters)

O Banco Popular da China, o Banco Central do país, anunciou que reduzirá a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter em reservas para o nível mais baixo desde 2007, injetando liquidez em uma economia que enfrenta tanto a desaceleração doméstica quanto os efeitos negativos da guerra comercial. O índice de reserva exigido para todos os bancos será reduzido em 0,5 pontos percentuais, a partir de 16 de setembro. (Bloomberg)

Nesta manhã de segunda-feira, com esse anúncio de estímulo econômico pela China, as bolsas na Ásia operam em direção mista, com o índice de Hong Kong em leve queda. Os futuros na Europa estão moderadamente positivos na abertura.

RESUMO DOS MERCADOS

Dólar Comercial R$ 4,0786 -0,75%
DI Fut Jan/25 7,01% 3 bps
Ibovespa 102.935 pts -0,68%
S&P 500 2.979 pts 0,09
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