O que você sabe sobre Renda Fixa?

Compartilhe o post:

Os investimentos em Renda Fixa estão entre os mais conhecidos pelos os investidores dos mais diversos graus de experiência, por serem, normalmente, mais seguros e previsíveis. Quem está começando pode trocar a caderneta de poupança por títulos da mesma categoria, para aumentar o rendimento. E, mesmo quem é mais experiente, precisa da estabilidade  que estes produtos proporcionam para constituir a carteira de investimentos.

A poupança ainda é o investimento mais popular no Brasil. Porém, por causa da  rentabilidade muito baixa, muitos têm procurado outros tipos de aplicação. Os investimentos em Renda Fixa apresentam excelentes oportunidades que muitas pessoas deixam passar, simplesmente por não os conhecerem tão bem.

Neste artigo, vamos explicar o que é Renda Fixa, suas características e como investir. Você vai ver:

  1. O que é Renda Fixa?
  2. Títulos de Renda Fixa
  3. Como investir em Renda Fixa?

1 – O que é Renda Fixa?

Como o nome diz, a Renda Fixa é um tipo de investimento em que a taxa que indica rentabilidade é, de algum modo, fixada desde o início da aplicação. Por isso, é um investimento muito procurado por quem está começando ou quem não abre mão de previsibilidade.

Com essa característica, fica mais fácil se planejar. Por exemplo, se o objetivo for comprar um carro, você pode investir e  alcançar essa meta em alguns anos. Se for uma casa, você vai investir por um pouco mais de tempo. Quem está ainda mais preparado, pode criar séries de investimentos com objetivos que variam desde a reserva para emergências até a aposentadoria.

Existem diversos tipos de títulos de Renda Fixa, que iremos ver mais à frente, mas são três as modalidades de remuneração:

Títulos prefixados

Os títulos prefixados são aqueles em que a rentabilidade nominal é pactuada  no momento da aplicação, por exemplo, 6% ao ano. Isso quer dizer que o rendimento está definido e não vai mudar, não importa o que aconteça com a economia ou com o mercado. Esse tipo de título é o mais  previsível disponível. Você pode calcular exatamente o valor a ser resgatado no vencimento.

Títulos pós-fixados

Os títulos pós-fixados são aqueles em que o rendimento está atrelado a algum índice ou indicador. Os mais comuns são a taxa Selic e o CDI. Nesse caso, o título irá remunerar um percentual da taxa em referência, como 115% do CDI ou CDI +2% ao ano, por exemplo.

Aqui, o rendimento não pode ser medido com precisão, vai depender da variação do índice ou indicador no período de vigência do título.  No entanto, há uma certa previsibilidade nos retornos, visto que tais referências são projetadas e estimadas pelo mercado.

Títulos atrelados à inflação

Por fim, existem títulos que combinam ambas as características de remuneração dos títulos prefixados e dos pós-fixados. Uma parte do rendimento é definida no momento da aplicação, enquanto a outra vai variar conforme o movimento do índice de inflação no período até o vencimento do título.  Por exemplo, se o título paga IPCA + 2%, isso quer dizer que o retorno para o investidor é de 2% ao ano acima da inflação no período. Esse tipo de rendimento oferece uma proteção contra a variação de preços, de forma a assegurar que o dinheiro aplicado preserve o poder de compra para o futuro. .

2 – Títulos de Renda Fixa

Vamos ver, então, quais são os títulos de renda fixa mais comuns.

1 – CDB

O CDB é o Certificado de Depósito Bancário. Esse título é emitido por bancos autorizados pelo Banco Central para captar recursos de modo a financiar suas operações. Na prática, é um “empréstimo” que o investidor faz ao banco, recebendo como retorno juros, mais o montante inicial. Esse investimento tem a vantagem de ter a garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Créditos.

2 – Letra de Câmbio

A Letra de Câmbio, ou LC, é um título muito semelhante ao CDB. A diferença é que não  são emitidas por bancos. Apesar disso, também possuem garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Créditos.

3 – Letra Financeira

A Letra Financeira, ou LF, é semelhante ao CDB e também tem o objetivo de financiar certas atividades da instituição que a emite. A diferença é que ela demanda um comprometimento um pouco maior, visto que o prazo mínimo é de dois anos, e o dinheiro não pode ser resgatado antes disso. Também possui garantia do FGC.

4 – LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI)  é um investimento que também é emitido por bancos autorizados pelo Banco Central, de modo a captar recursos para financiar o setor imobiliário. Como seu objetivo é financiar um segmento de mercado considerado importante, esse investimento é isento do imposto de renda.

O mesmo se aplica à LCA, Letra de Crédito do Agronegócio, que é atrelada às operações deste setor e também conta com isenção do imposto de renda.

Tanto a LCI quanto a LCA têm a vantagem de serem cobertas pelo FGC, o Fundo Garantidor de Créditos.

5 – CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são semelhantes às LCIs e LCAs, no sentido de estarem atrelados a setores específicos. A diferença é que eles são emitidos por securitizadoras e são títulos atrelados às dívidas dos setores. Nesses casos, o investidor se torna credor do(s) endividado(s).

6 – Debêntures

As debêntures são títulos emitidos por empresas privadas não financeiras. Assim como o CDB, seu objetivo é ajudar o emissor a financiar suas operações. A diferença é que, como esses títulos não estão atrelados a bancos, não têm garantia do FGC, e o recebimento dos rendimentos por parte do investidor depende da capacidade da empresa de pagar. É importante, então, manter-se atento ao rating que determina a qualidade de crédito da empresa emissora do papel.

Existe ainda um outro tipo, as debêntures incentivadas. A única diferença dessa para as outras é que são emitidas por alguma empresa de um setor considerado chave na economia, geralmente para projetos de infraestrutura, fazendo com que haja um incentivo por parte do governo, através da isenção do imposto de renda.

7 – Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um sistema no qual são negociados os título de Renda Fixa emitidos pelo Tesouro Nacional. Assim como todos os outros títulos, tem o objetivo de financiar as atividades, neste caso, públicas e até mesmo suas dívidas. Normalmente, esse título pode ser atrelado à taxa Selic, à inflação ou pode ser prefixado.

Conceitos importantes

Para complementar a explicação do que é a Renda Fixa, é importante destacar alguns conceitos já mencionados.

Primeiramente, o FGC. É o Fundo Garantidor de Créditos, instrumento que minimiza o risco de crédito dos títulos emitidos pelos bancos.

O FGC não é um banco, nem uma instituição governamental. Trata-se de uma entidade privada e independente, mantida por instituições financeiras que fazem aportes regulares, de acordo com a sua participação no mercado. 

A garantia do FGC é o recebimento de R$ 250 mil por cada CPF e por emissor, ao ano, totalizando o limite de  R$ 1 milhão ao longo de 4 anos consecutivos, em caso de quebra da instituição emissora do título.

Outros conceitos importantes se referem às taxas que são indexadoras dos investimentos. Algumas das mais importantes são:

 

  • CDI: O Certificado de Depósito Interbancário é uma taxa de referência das operações realizadas entre os bancos. É um dos principais indicadores de rentabilidade em Renda Fixa.
  • IPCA: O Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo é o medidor oficial da inflação no Brasil e é calculado pelo IBGE.
  • SELIC: A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Estabilidade e Segurança

Os investimentos em Renda Fixa são muito procurados por causa da sua estabilidade e segurança. É por onde os investidores de primeira viagem começam, por isso, estão presentes na carteira de muitos investidores. O processo de investimento progride naturalmente: você entende o mais básico antes de avançar, se quiser, para algo mais complexo, como as ações. O mais importante é você começar a explorar a possibilidade dos investimentos. Não deixe o medo ou a falta de conhecimento adiarem sua entrada no mercado financeiro. 

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser  divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.

 

Compartilhe o post:

Posts Similares

1 Comentário

  1. Quero deixar só uma conta agora na ORAMA como conta em meu poder lá no meu cadastro a conta poupança da Caixa econômica federal o número já está lá observação até a próxima ordem de Nilton Carlos Julião de Souza
    E só no caso de vocês ter que depositar algum valor a pagar de investimentos e previdência privada sobre mim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *