Expectativas por definições sobre o acordo comercial entre EUA e China e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
A perspectiva de votação da reforma da Previdência no dia 22, no Senado, e o gesto de boa vontade dos chineses para com os EUA, às vésperas do encontro entre os países, impulsionaram a bolsa aqui no Brasil. No fim do dia, o Ibovespa avançava 1,27%, para 101.248 pontos. O dólar comercial teve alta de 0,28%, sendo negociado a R$ 4,1023. O DI para janeiro de 2025 cedeu de 6,61% para 6,49%.
Um dos fatores que contribuíram para o fechamento do juros foi a deflação de 0,4% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro. Este é o menor resultado para um mês de setembro desde 1998, quando o IPCA ficou em -0,22%. No acumulado do ano, o índice registrou 2,49%. (IBGE)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “Inflação baixa é bom, quer dizer quer o Brasil tem condição de baixar juros”. Segundo o ministro, “o que está acontecendo é que a economia está voltando a crescer e com a inflação baixa”. A proposta de reformulação do pacto federativo seria a próxima fase, após a aprovação da Reforma da Previdência no Senado. (Valor)
Para economista do Ibre/FGV, a deflação de setembro é pontual e continuará baixa nos próximos meses, mas não indica enfraquecimento mais grave da economia. (Estadão)
No fim do dia, as regras para o megaleilão do petróleo excedente da chamada cessão onerosa foram aprovadas na Câmara dos Deputados. O principal impasse estava na partilha do parte destinada aos estados. O governo federal vai repassar 33% do bônus de assinatura fixado em R$ 106 bilhões. Uma parte será repassada para a Petrobras e R$ 23 bilhões a estados e municípios. (G1)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
O otimismo em relação ao gesto chinês de comprar mais soja dos EUA ajudou os índices de Nova York a fecharem no azul. O S&P 500 subiu 0,91%, a 2.919,40 pontos.
O vice-primeiro ministro da China, Liu He, demonstrou boa vontade um dia depois das sanções americanas envolvendo suspeitas de violações de direitos humanos em Xinjiang. A China está se oferecendo para aumentar as compras anuais de soja para 30 milhões de toneladas, ante 20 milhões atualmente. Além disso, o país também faria uma série de mudanças nas barreiras não-tarifárias. (Valor)
Hoje, as atenções estarão voltadas para Washington, aguardando definições sobre o acordo comercial entre EUA e China. As bolsas operam sem direção definida na Ásia e na Europa. Os futuros dos índices de ações de Wall Street estão sendo negociados em leve queda.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1023 | 0,28% |
DI Fut Jan/25 | 6,49% | – 12 bps |
Ibovespa | 101.248 pts | 1,27% |
S&P 500 | 2.919,40 pts | 0,91% |