Disputa comercial entre EUA e China chega a decisão parcial e os destaques do mês

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RESUMO DO MERCADO NO MÊS

 

Dólar Comercial R$ 4,0098/ US$ – 3,5%
Taxa DI Jan/25 6,01% – 63 bps
Ibovespa 107.218 pts + 2,36%
S&P 500 3.038 pts + 2,04%
INVESTIMENTOS
Os investimentos em ações e fundos de ações foram os destaques do mês. Do lado negativo, ficaram os fundos cambiais. Os fundos multimercado performaram bem, acima do CDI, que foi 0,48% em outubro.

Alguns fundos de renda fixa apresentaram retornos abaixo do CDI. Fundos de debêntures incentivadas também foram afetados, inclusive apresentando variações negativas. Isso ocorreu, devido a remarcações nos preços dos títulos de crédito privado. Essa correção, no primeiro momento, impactou negativamente o retorno, porém, ajustou a remuneração dos títulos para um patamar mais coerente com o respectivo risco. Os gestores enxergam esse movimento de curto prazo como oportuno para fazer boas alocações. É importante destacar que o movimento não está relacionado à piora de crédito dos ativos e que a renda fixa atrelada ao CDI e ao IPCA deve continuar sendo uma parte importante da carteira do investidor.

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: o carro-chefe do programa de reformas do governo foi aprovado no Senado, com uma economia estimada de R$ 800 bilhões em 10 anos. A principal mudança foi a fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para a aposentadoria, extinguindo a aposentadoria por tempo de contribuição.

TAXA DE JUROS: Copom e Fomc, comitês responsáveis pela política monetária no Brasil e nos EUA, respectivamente, reduziram as taxas de juros na reunião outubro. O novo patamar da Selic é de 5,0% ao ano e, nos EUA, a nova faixa varia entre 1,5% e 1,75%.

CRISE NO PSL: o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando uma crise interna no seu partido. A disputa com o presidente do PSL, Luciano Bivar gerou uma guerra de listas para a retirada do Delegado Waldir da liderança do partido na Câmara. O desfecho desse episódio foi a confirmação de Eduardo Bolsonaro como nova liderança e a desistência de sua indicação para a embaixada em Washington.

DISPUTA COMERCIAL EUA E CHINA: o mercado sentiu-se aliviado com o anúncio que os países teriam chegado a um acordo parcial, uma primeira fase de entendimentos. O documento seria formalmente assinado na reunião da APEC, que aconteceria no Chile nos dias 16 e 17 de novembro, Contudo, em virtude de manifestações domésticas, o governo de Sebastián Piñera optou pela não realização do evento no país. Os negociadores das duas potências estão conversando para os ajustes finais e Trump sinalizou que o acordo poderá ser assinado ainda em novembro, em lugar a ser definido, provavelmente, nos EUA.

BREXIT: a saída do Reino Unido da União Europeia não se concretizou no dia 31 de outubro, conforme a promessa de campanha de Boris Johnson. O primeiro-ministro conseguiu, no entanto, antecipar as eleições parlamentares para o dia 12 de dezembro e buscará formar maioria para que um acordo seja costurado até 31 de Janeiro de 2020, novo prazo final para o Brexit.

AMERICA LATINA: Alberto Fernández e Cristina Kirchner foram eleitos em primeiro turno na Argentina. Protestos no Chile por insatisfação em relação às medidas neoliberais implementadas desde a ditadura trazem novas incertezas para o mercado. Os protestos continuam na Bolívia, após a eleição polêmica, que deu vitória a Evo Morales. No  Equador, ocorreram protestos contra a retirada dos subsídios dos combustíveis. que elevou o preço da gasolina. As eleições no Uruguai serão disputadas em segundo turno entre direita e esquerda.

INDICADORES ECONÔMICOS
BRASIL
Juros: taxa Selic em  5%

Desemprego: taxa de desocupação em 11,8% com 12,5 milhões de desempregados  e segundo o Caged, foram geradas 157.213 vagas de empregos formais em setembro.

Inflação: deflação de 0,4% no IPCA de setembro, menor valor desde 1998.

MUNDO 
Fed: juros nos EUA na faixa de 1,5 – 1,75% ao ano.

FMI: projeção de crescimento global de 3,0% para 2019,

OMC: volume global do comércio de mercadorias deve crescer 1,2% em 2019,  (projeção em abril: 2,6%)

PIB dos EUA: a economia americana se expandiu a uma taxa anual de 1,9% no terceiro trimestre.

PIB da China: crescimento de 6% no terceiro trimestre anualizado. Menor patamar desde o início dos anos 1990.

Índice de atividade fabril dos EUA: caiu 1,3 pontos, para 47,8 no mês passado, o nível mais baixo desde junho de 2009.

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