Receio de uma pandemia do coronavírus e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

O receio de uma pandemia do coronavírus e seus impactos sobre a economia mundial refletiu no desempenho das bolsas pelo mundo e o no Brasil não foi diferente. O Ibovespa teve forte queda de 1,54%, fechando aos 117.026 pontos. O dólar PTAX,  cotado a R$ 4,2014, registrou alta de 0,44%. No mercado de juros futuros, o DI para Janeiro de 2025 foi negociado à taxa de 6,36%, fechando 2 pontos base.

O destaque negativo do dia na B3 foi o desempenho das ações da Hering, que caíram 12% após a empresa, em teleconferência com analistas, declarar que o desempenho de vendas no Natal foi “frustrante”, porque a recuperação econômica não veio num ritmo “suficiente” para manter o bom desempenho registrado na Black Friday. (G1)

Novos leilões dos campos de petróleo da cessão onerosa do pré-sal devem acontecer só em 2021. Esse adiamento se faz necessário para que mudanças no modelo de partilha sejam aprovadas no congresso. É preciso alterar a lei 12.351/2010 para que pontos importantes como o valor do bônus de assinatura, o percentual de partilha com a União, além do direito de preferência da Petrobras sejam discutidos. Sem receitas atípicas na ordem de R$ 24,5 bilhões, a expectativa é que o déficit primário deste ano seja maior do que o de 2019. (Valor)

Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretende aderir ao Acordo sobre Compras Governamentais da OMC. O GPA (Government Procurement Agreement – sigla em inglês) obriga o Brasil a dar tratamento isonômico entre empresas nacionais e estrangeiras que participem de licitações e concorrências públicas no país. Segundo o ministro, essa medida ataca frontalmente a corrupção nesse segmento de contratações e coloca o Brasil alinhado às melhores práticas internacionais. (Poder 360)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou, nesta terça-feira, Fabio Schvartsman, ex-presidente da Vale, mais 15 pessoas e as empresas Vale e TÜV SÜD pelo crime de homicídio doloso, aquele em que há a intenção de matar, no acidente de Brumadinho. (G1)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

Além da preocupação com o vírus de Wuhan, nos EUA também teve início o julgamento de Trump no Senado. O S&P 500 fechou o pregão em queda de 0,27% aos 3.320,79 pontos.

A China confirmou que o recém-identificado coronavírus na cidade de Wuhan é transmitido de pessoa para pessoa. Com seis mortes e mais de 300 casos confirmados na Ásia, a preocupação mais urgente das autoridades chinesas é conter o surto antes do feriado do Ano Novo Lunar. Wuhan é uma cidade na hub do sistema de trens da China e o feriado movimenta milhões de pessoas que voltam para suas cidades de origem para as festividades. Essa pode ser a combinação perfeita para que o surto se torne uma epidemia ou até uma pandemia. O South China Morning Post preparou essa matéria explicando o caso. 

Nos EUA, um caso já foi confirmado de contaminação pelo coronavírus: um homem de 30 anos que estava viajando pela China e voltou aos EUA no dia 15 de janeiro. As autoridades americanas disseram que o homem procurou atendimento rapidamente e está hospitalizado por cautela. (Bloomberg)

Na terça-feira, também nos EUA, foi iniciado o julgamento de impeachment do Donald Trump no Senado. Apesar da maioria republicana na casa, os debates não estão sendo tranquilos com ataque e defesa trocando insultos e tentativa de mudanças das regras. (The New York Times)

Pela primeira vez desde que passou a elaborar um relatório anual, a consultoria de riscos Eurásia aponta como maior risco internacional a política dos Estados Unidos, um país cada vez mais polarizado. É a primeira vez também que a política em um país desenvolvido é apontada como um fator de risco e instabilidade no sistema internacional, uma condição tradicionalmente associada aos países emergentes. As eleições presidenciais em novembro, se somam o processo de impeachment que corre no Senado e o protecionismo americano sob a presidência de Trump, esse conjunto de variáveis distanciam os EUA do multilateralismo. (El País)

As bolsas fecharam em alta na Ásia, após as medidas que a China anunciou para conter a propagação do surto do novo vírus, como o monitorar o sistema de transporte e fechar Wuhan parcialmente, cidade de origem do vírus. A Organização Mundial de Saúde se encontra hoje para decidir se declara situação de emergência internacional. 

Na Europa, as bolsas andam de lado em meio à divulgação de resultados corporativos. Os futuros dos índices de Wall Street operam em campo neutro.

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX R$ 4,2014 + 0,44%
DI Fut Jan/25 6,36% – 2 bps 
Ibovespa  117.026,04 pts  – 1,54% 
S&P 500 3.320,79 pts – 0,27%
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