Primeira vítima fatal do Covid-19 no Brasil e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

Os pacotes de estímulos anunciados por vários governos do mundo contribuíram para o alívio nas bolsas terça-feira. O Ibovespa recuperou parte das perdas e registrou alta de 4,85% aos 74.617 pontos. O dólar PTAX de venda era cotado a R$ 5,0496, em alta de 2,07%. Os contratos de DI para janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 6,72%, registrando queda de 38 pontos-base.

O governo Jair Bolsonaro anunciou que vai solicitar ao Congresso o reconhecimento do estado de calamidade pública no país. Para enfrentar o surto de coronavírus, se torna necessário elevar gastos públicos. Se a calamidade pública for reconhecida pelo Congresso, o governo não será mais obrigado a observar a meta de resultado primário e a fazer contingenciamento das despesas para cumprir as estimativas iniciais do orçamento. (Folha)

O comportamento do presidente, contudo, é errático e mais cedo, em entrevista, Jair Bolsonaro classificou as medidas de contenção do coronavírus como histeria.Esse vírus trouxe uma certa histeria, tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia” disse o presidente. Acrescentou ainda que quem está criticando a sua participação nas manifestações pró-governo do dia 15 é a “grande mídia” e não a população. (Valor)

Foi confirmado ontem a primeira vítima fatal do Covid-19 no Brasil. Um homem de 62 anos que era hipertenso e diabético faleceu na cidade de São Paulo. O número de infectados confirmados subiu para 291. (Folha)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

Em Nova York, o pregão também foi marcado pela recuperação parcial dos índices, mas com bastante volatilidade. O S&P 500 teve alta de 6% aos 2.529,19 pontos.

A redução da atividade econômica nos EUA em virtude do coronavírus vem elevando o risco de que milhões de empresas e famílias não consigam pagar suas contas – aluguel, folha de pagamento, serviços públicos etc. Com isso, o Fed anunciou que vai lançar uma linha de empréstimos para lidar com dívidas corporativas de curto prazo e com o problema de capital de giro de empresas. O Tesouro Nacional também adiou por 90 dias o recolhimento de imposto de renda e o Congresso vem discutindo mais pacotes de ajuda. (WSJ

Os dados industriais da China de janeiro e fevereiro foram divulgados. Na comparação de fevereiro de 2020 com o mês anterior, o valor agregado das indústrias teve redução de 26,64%. Na comparação ano contra ano de janeiro e fevereiro de 2020, o número foi 13,5% menor (National Bureau of Statistics of China). As estatísticas demostram uma desaceleração acentuada em decorrência das medidas de contenção do avanço do coronavírus.

O governo chinês também liberou um relatório com os principais impactos do Covid-19 na economia do país. Dois dados importantes para acompanhar a estabilidade do Partido Comunista são o abastecimento de alimentos e o nível de desemprego. O primeiro ponto é o destaque inicial do relatório, que já inicia com “boas notícias” de que o plantio não foi impactado pela crise de coronavírus e que inclusive houve um aumento de 3 pontos percentuais na área de cultivo de trigo de inverno e que foi garantido o abastecimento de fertilizantes, sementes e pesticidas.

Já o desemprego teve um aumento de 1 ponto percentual de janeiro para fevereiro de 2020 chegando a taxa de 6,2%. Contudo, o desemprego entre jovens de 20-24 anos com “junior college” foi 0,4 ponto percentual menor que a média nacional. Para lidar com essa situação, o governo já anunciou uma série de medidas como a política de “emprego em primeiro lugar” com incentivos a empresas de pequeno e médio porte que contribuam para a iniciativa “Internet Plus”- um projeto do governo de aplicar novas tecnologias às indústrias tradicionais para aumentar tanto a integração regional quanto a produtividade dos setores. 

Ainda refazendo as estimativas com os estímulos monetários e fiscais anunciados pelos governos e bancos centrais, os mercados operam em baixa nesta manhã. Na Ásia, o destaque negativo foi Hong Kong que recuou 4,18%. Na Europa, os índices caem 5%. Em Nova York, o viés dos futuros é de queda. O dólar continua se valorizando, assim como o iene japonês ganha força. 

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX  R$ 5,0496 + 2,07%
DI Fut Jan/25 6,72% – 38 bps 
Ibovespa  74.671 pts  + 4,85%
S&P 500 2.529,19 pts  + 6,00%

TÓPICO DO DIA

Na coluna semanal do nosso economista Alexandre Espírito Santo, o tema não poderia ser outro: a turbulência no mercado financeiro das últimas semanas. O ponto principal da análise do professor é que o processo de reformas estruturais em curso no Brasil não podem desacelerar. Em um momento posterior, com esse surto já sob controle, ter realizado a lição de casa tem potencial para atrair o capital estrangeiro. Vale a leitura!

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