CMN autoriza captação de depósitos a prazo com garantia especial e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Os índices das bolsas no Brasil e nos EUA tiveram mais um dia negativo com o impasse na aprovação do pacote de alívio econômico no senado americano. O Ibovespa fechou o pregão aos 63.570 pontos, queda de 5,22%. O dólar PTAX era cotado a R$ 5,0805 na venda, com uma alta de 1,11%. No mercado de juros, o DI com vencimento em janeiro de 2025 abriu 46 pontos base, sendo negociado a taxa de 8,75%.
A mais recente pesquisa Datafolha avaliou que Jair Bolsonaro tem sua gestão da pandemia aprovada por 35%. Esse percentual é bem menor se comparado aos governadores que são vistos como ótimos ou bons em seu trabalho, com 54% dos votos. Luiz Henrique Mandetta, que comanda o Ministério da Saúde também tem desempenho melhor que o do presidente, sendo aprovado por 55% dos entrevistados. (Folha)
Em meio às críticas que vem sofrendo, Bolsonaro, pelo Twitter, anunciou que assinou a revogação do art.18 da MP 927 que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário.
Com as incertezas em decorrência da pandemia de coronavírus e de seus impactos na economia do Brasil e do mundo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) passou a autorizar, na segunda (23), que instituições financeiras associadas ao FGC realizem captações por meio de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE). Essa modalidade de depósito a prazo é garantida pelo FGC até o limite de R$20 milhões por titular e as instituições estão autorizadas a captar o valor equivalente ao seu patrimônio líquido, limitado a R$2 bilhões por conglomerado, com emissões podendo ocorrer até o início de 2022. O valor mínimo de emissão é de R$ 1.000.000, o prazo mínimo é de 12 meses e o máximo de 24, sendo vedado o resgate antecipado. (BCB)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Em um dia politicamente conturbado nos EUA, o S&P 500 teve queda de 2,93% aos 2.237 pontos.
Pelo segundo dia, o Senado americano falha em avançar pacote de resgate de coronavírus no valor de 1,6 trilhão de dólares. (WSJ) Com esse imobilismo no congresso, o Fed, que já alertou que a economia dos EUA enfrentará graves perturbações, passou a oferecer financiamento direto às empresas. Isso abre um novo capítulo na história de 106 anos do banco central e o coloca em um papel que o Fed tradicionalmente argumenta pertencer à política fiscal e às autoridades eleitas. (Bloomberg)
Na noite de ontem (23), líder na Câmara Nancy Pelosi divulgou um pacote de estímulos de US$ 2,5 trilhões para tentar tomar o controle das negociações depois que o Senado falhou a chegar ao consenso na data de ontem. (Vox)
Já antecipando a possibilidade de uma nova onda de coronavírus na China, que havia zerado as transmissões locais, medidas específicas com passageiros chegando de outros países estão sendo tomadas. Todos os viajantes que chegam aos aeroportos de Xangai de países severamente afetados pela nova pandemia de coronavírus devem passar por investigações e testes epidemiológicos do Covid-19 antes de serem escoltados para casas ou hotéis para quarentena. (China Daily)
Nesta manhã, os mercados operam em campo positivo, na esteira de medidas sem precedentes pelo Federal Reserve (banco central americano) de suporte ao mercado financeiro, embora ações de cunho fiscal ainda estejam pendentes no Congresso dos EUA. Na Ásia, os índices avançaram, com destaque para o japonês Nikkei que registrou 7,13% de alta. Na Europa, as bolsas sobem 6%. O viés dos futuros de Wall Street também é de alta. A cotação do ouro voltou a superar US$ 1.600.
RESUMO DOS MERCADOS
| Dólar PTAX | R$ 5,0805 | + 1,11% |
| DI Fut Jan/ 25 | 8,75% | + 46 bps |
| Ibovespa | 63.570 pts | – 5,22% |
| S&P 500 | 2.237 pts | – 2,93% |