Estímulos à economia global e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 23 a 27 de março*

Enquanto o mundo tenta conter a pandemia de coronavírus, com isolamentos para evitar contágio, governos e bancos centrais buscam formas de estímulos à economia. Esta semana, foi aprovado no Senado dos Estados Unidos um pacote de US$ 2 trilhões. Ao todo, países do G20 devem dispor cerca de US$ 5 trilhões. As iniciativas proporcionaram reações nas bolsas de valores.  

O aumento no número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA também influenciou o mercado, pois os investidores acreditam que isso pode fazer com que haja pacotes de estímulo mais robustos. Há a expectativa de que a retomada econômica será mais intensa quando a doença estiver controlada.

Os Estados Unidos já são o país com o maior número de casos registrados da covid-19, e a situação de Nova York preocupa. Na China, parece que há agora um controle da situação. No exterior, destaque para o adiamento das Olimpíadas do Japão, que serão realizadas em 2021, e para o premier britânico, Boris Johnson, que testou positivo para o coronavírus. Na Europa, a quantidade de infectados continua a crescer. 

No Brasil, além do surto, pesa o cenário político complexo. Governadores, parlamentares e integrantes do governo federal defendem o isolamento com lockdown, ao passo que presidente Jair Bolsonaro minimiza as consequências do coronavírus, conforme deixou claro em seu discurso esta semana. Para corroborar sua tese, o presidente da República disse que “o brasileiro não pega nada; pula no esgoto e não acontece nada”. A declaração, entre outras, gerou polêmica.

Também polêmica foi a MP que previa suspensão de contratos de trabalho, com posterior alteração da medida. A Câmara aprovou projeto que dá R$ 600 a trabalhadores informais durante a crise. Aumento de gastos públicos, postergação de impostos e mais crédito estão em estudo.  

Nos estados, governadores têm adotado medidas restritivas de locomoção e fechamento de comércio. Por causa disso, atritos de Bolsonaro com Ronaldo Caiado (GO), Wilson Witzel (RJ) e João Doria (SP) ganharam repercussão.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a orientação do governo é o isolamento, declaração que teria incomodado Bolsonaro. “O presidente sou eu”, afirmou o presidente, que perde popularidade e que já vem sendo citado pela imprensa internacional como um exemplo contrário às recomendações da OMS. 

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa subiu 3,67%, para 77.709 pontos. Foi a terceira alta consecutiva. O dólar fechou abaixo de R$ 5, cotado a R$ 4,99, em queda de 0,68%.

Obrigada, bom fim de semana #EMCASA e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 27/3, às 9h30.

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