Coronavoucher: o programa de auxílio emergencial e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

O último pregão do mês foi de queda do Ibovespa que ficou em 73.019 pontos recuando 2,17%. No mês de março a queda foi de 29,91% sendo o pior mês desde agosto de 1998. O dólar PTAX era cotado R$ 5,1987 na venda, em alta de 0,76%, no mês a valorização foi de 15,56%. No mercado de juros, o DI para janeiro de 2025 subiu 8 pontos base na terça, com os contratos negociados à taxa de 6,85%, uma alta de 83 pontos base em março.

Em rede nacional de televisão e rádio o presidente Jair Bolsonaro mudou o tom em relação a condução da pandemia. Bolsonaro classificou o coronavírus como o “maior desafio da nossa geração” e também usou termos como “colaboração” e “união” entre os poderes e esferas administrativas pedindo  “um grande pacto pela preservação da vida e dos empregos”. (O Globo)

O ministro Paulo Guedes afirmou que restam apenas questões “políticas e jurídicas” para implementar o “coronavoucher“ – o programa de auxílio emergencial de R$ 600, por 3 meses, para trabalhadores informais de baixa renda. (Poder 360)

Há, contudo, uma disputa de versões sobre o coronavoucher entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Embora o projeto tenha sido aprovado pelo Congresso, ainda falta a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Guedes afirmava que a efetivação dos pagamentos dependia da aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Orçamento. Maia criticou a demora do governo em liberar os benefícios e acusou o governo de mentir na ação que impetrou junto ao STF (Supremo Tribunal Federal). (Folha)

Com uma preocupação em fazer recursos chegarem nos micro, pequenos e médios empreendedores, em um momento de crise, o Banco Central publicou a Medida Provisória 931. Pelas regras da MP, o fluxo de pagamentos não pode ser objeto de “constrição judicial nem sujeito à arrecadação em regimes concursais”. O receio é que as empresas de pagamentos se tornem insolventes, deixando de repassar os recursos aos varejistas.  (Valor)

No Brasil, os novos casos de COVID-19 aumentou 1.138 em um dia. subindo para 5.717 ao todo com 201 mortes. (Painel Coronavírus)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

Os índices de ações americanas também tiveram um dia negativo. O S&P 500  caiu 1,60%, aos  2.584,59 pontos no dia e acumulou queda de 12,51% no mês de março.

O número de mortes por coronavírus da cidade de Nova York chegou a 1.000  e as infecções do estado de Nova York agora superam as relatadas na província de Hubei, na China, onde o vírus começou. A Coreia do Sul relata 101 novos casos de vírus em 24 horas, elevando seu total para 9.887 casos em todo o país, segundo comunicado do Ministério da Saúde. O número total de mortes subiu para 165. (Bloomberg)

Em um breve discurso, Trump disse que a Casa Branca projetou que os EUA poderiam enfrentar de 100.000 a 240.000 mortes pela pandemia de coronavírus. É uma crise sem precedentes e “pode ser um inferno de duas semanas”, ele ainda pediu repetidamente aos americanos que seguissem as diretrizes federais de distanciamento social. (WSJ)

O PMI da zona do euro, que saiu nesta manhã, ficou em 44,5. O número abaixo de 50 demonstra uma contração na produção industrial. O PMI da Itália caiu para 40,3, o mais baixo patamar desde 2009. Em fevereiro, o PMI do país foi de 48,7. O governo italiano tem respondido com injeção de recursos no setor de saúde e para ajudar os negócios e trabalhadores. Contudo, com a economia encolhendo e os gastos aumentando, a dívida do país vai expandindo ainda mais, sendo que já é uma das maiores da zona, só perde para Grécia. (Bloomberg)

Com a dispersão do coronavírus acelerando nos EUA e os impactos negativos da pandemia nos lucros da empresas, que em breve divulgarão os resultados do trimestre que se encerrou, o mês começa em modo de venda. Na Ásia, as bolsa registraram quedas, o índice japonês Nikkei recuou 4,5%. Na Europa, as bolsas operam no vermelho ao redor de 3%. O viés dos futuros dos índices de Nova York aponta para um dia negativo.

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX R$ 5,1987 + 0,76%
DI Fut Jan/25 6,85% + 8 bps 
Ibovespa  73.019 pts – 2,70%
S&P 500 2.584,59 pts  – 1,60%
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