Incerteza sobre duração do isolamento social é o que mais preocupa especialistas em economia

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Convidados da programação especial da Órama no blog e em seu perfil no Instagram também analisaram setores que serão mais impactados durante a crise, além de orientarem sobre o que fazer com investimentos neste período.

A segunda semana de abril começa ainda com a incerteza da duração do isolamento social imposto para o combate à disseminação do novo coronavírus e com os mercados apresentando volatilidade. Essas são algumas das conclusões de especialistas em economia que vêm compartilhando suas impressões sobre o atual cenário político-econômico no Brasil e no mundo com investidores por meio da programação especial organizada pela Órama em seu blog e em seu perfil no Instagram, desde o início da quarentena.

Entre os convidados das lives com a estrategista chefe da Órama, Sandra Blanco, um tema foi onipresente: a dúvida em relação à extensão das medidas de suspensão das atividades no Brasil e os possíveis reflexos dessa iniciativa para os diversos setores da economia, além do resultado mais negativo do PIB no final do ano.

Especialistas e gestores do mercado financeiro concordaram que grandes empresas, líderes de seus setores, e companhias consolidadas conseguirão passar pelo período de isolamento de até três meses sem grandes prejuízos.

O mais preocupante são as micro, pequenas e médias empresas, especialmente do setor de serviços, que, na análise dos convidados, dificilmente terão caixa disponível para segurar as contas por mais de um mês fechadas.

Para o gestor responsável pela estratégia de Crédito Privado da ARX Investimentos, Pierre Jadoul, a crise pode afetar a confiança do consumidor ou miná-lo das possibilidades de consumo, em razão do aumento do desemprego. No entanto, haverá uma demanda reprimida, com aumento progressivo das vendas ao fim do período de isolamento.

“Quem tem canal online consolidado segue vendendo, ao contrário de quem fechou loja de rua. Mas haverá essa demanda reprimida. Por outro lado, para o setor de serviços, o impacto será maior. Com um ou dois meses fechado, você não recupera esse tempo”, analisa Jadoul.

Segundo o economista Marcos Mollica, gestor responsável pelas estratégias Multimercado no Opportunity, o movimento deve ser parecido com o de crises anteriores: no vale da recessão, os mercados começam a dinâmica de alta.

“Olhando um horizonte de seis meses, temos um viés positivo, com os estímulos que o governo e o Banco Central colocaram na mesa”, aponta. “Mas não sabemos ainda se a fase de isolamento será de um, dois ou três meses. Passada a fase aguda da doença, os mercados vão retomar”, completa Mollica.

Ao mesmo tempo, em razão da queda do barril de petróleo e do assombro do mercado, no mês de março, o momento é ideal para novos investidores e para rever as carteiras de aplicações, visto que os Fundos e as carteiras estão com valores mais interessantes para entrada. A expectativa é de recuperação ágil, assim que terminarem as medidas de suspensão das atividades no Brasil.

“É um excelente momento para começar a investir. Para quem não é conservador, a orientação é sempre ter uma carteira balanceada, com Renda Fixa, um pouco de Renda Variável, Fundos Imobiliários e de Ações. Nossos times vão conversar com você e entender os seus objetivos para elaborar essa sugestão”, explica o head comercial da Órama, Hugo Azevedo.

Em seu Panorama Semanal, os especialistas da Órama ressaltaram a elevada tensão política entre o presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo federal, governadores e prefeitos.

Os analistas veem o governo com dificuldade em pôr em prática as medidas de ajuda econômica, principalmente a liberação de R$ 600 por um período de três meses a trabalhadores informais, vista como um desafio operacional — um dinheiro que ainda não chegou a quem precisa. O governo informa solucionar a situação nos próximos dias.

Entre as medidas adotadas no Brasil estão, por exemplo, o adiamento do pagamento de tributos, como a extensão do prazo de entrega da declaração do IRPF para 30 de junho; o diferimento do PIS/Cofins; e a desoneração do IOF sobre o crédito por 90 dias. No rol de polêmicas, está a MP 936, que permite redução da jornada de trabalho e diminuição de até 70% nos salários – com compensação parcial por parte do governo.

Para quem deseja acompanhar as análises dos especialistas, o nosso blog reúne diversos conteúdos especiais sobre os impactos do coronavírus na economia e nos mercados, assim como orientações para os investidores. Todos os dias, às 10h, há o “Panorama Diário”, com as principais notícias do Brasil e do mundo. Também está disponível por completo no blog um curso de educação financeira.

No nosso perfil do Instagram, a programação de lives continua, com convidados e especialistas da plataforma. Além das análises e debates sobre o mercado financeiro, a Órama está oferecendo aulas gratuitas de meditação e yoga, em parceria com a Mude Fit.

Programação Instagram @oramainvestimentos

Quinta-feira (09/04):

18h30 – Live com Sandra Blanco e Duda Rocha, da Occam Brasil, para falar sobre Previdência Privada e Fundos de Ações.

20h – Yoga com a professora Manu Goetz, da Mude Fit, ao vivo.

Sexta-feira (10/04):

15h – Live com Dr. Ricardo Lemos Cotta Pereira, médico cirurgião. Tire suas dúvidas sobre saúde e cuidados especiais.

18h30 – Live com Alexandre Espirito Santo e Hugo Azevedo: o economista e o head comercial da Órama dão cinco dicas sobre como e por que se manter informado em tempos de crise.

Fonte: G.Lab

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