Planos de reabertura econômica por governos americanos e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

A semana se iniciou com o governo legitimando a permanência do Ministro Paulo Guedes no cargo. Com isso o Ibovespa registrou forte alta de 3,86%, aos 78.238 pontos. No câmbio, o dólar Ptax era cotado na venda a R$ 5,6358, recuando 0,27%. Já no mercado de juros futuros, os contratos de DI para janeiro de 2025 eram negociados a taxa de 7,47%, subindo 26 pontos base.

Após a ruidosa saída de Sergio Moro na sexta-feira, Jair Bolsonaro se preocupou em sinalizar que figuras importantes continuavam embarcadas em seu governo. Na frente o Palácio da Alvorada, o presidente reuniu os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para falar sobre o Plano Pró-Brasil e ainda afirmou:O homem que decide a economia é um só: chama-se Paulo Guedes”. (Valor)

O Datafolha apurou em pesquisa, feita por telefone com 1.503 pessoas, que 89% das pessoas tomaram conhecimento da saída do então ministro do governo. 52% dos entrevistados disseram crer na versão de Moro e 20% na de Bolsonaro. Questionados se Bolsonaro quer intervir politicamente na PF e Moro fez bem em deixar o cargo, 56% disseram que sim. Já 28% acham que o presidente não tem tal intenção e o ex-ministro errou ao pedir demissão. (Folha)

Na segunda, o Brasil foram registradas 338 mortes, com isso, o total de óbitos em decorrência da Covid-19 chegou a 4.543. O número de infectados subiu para  66.501, com isso, a taxa de letalidade oficial é 6,8%. (Painel Coronavírus)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

Com sinais de reabertura parcial da economia dos EUA, o S&P 500 avançou 1,47%, a 2.878 pontos.

Alguns governadores americanos avançaram na segunda-feira com planos de reabrir suas economias e isso animou os mercados. O Texas, com população de quase 30 milhões de habitantes, foi o estado que apresentou as medidas mais amplas, anunciando que lojas, restaurantes, cinemas e shoppings poderiam reabrir com capacidade limitada na sexta-feira. (The New York Times)

A crise atual está  obrigando o Fed a redefinir o seu papel enquanto Banco Central. Ao emprestar para empresas, estados e cidades, em seu esforço para isolar a economia dos EUA dos efeitos da pandemia do coronavírus, o  Fed está quebrando tabus seculares sobre quem recebe dinheiro do banco central em momentos de crise. Economistas projetam que o portfólio de títulos, empréstimos e novos programas do banco central aumentará para entre US$ 8 trilhões e US$ 11 trilhões, contra menos de US$ 4 trilhões no ano passado. Esse número é o dobro da crise financeira de 2008 e ainda maior que no período da Grande Depressão ou no pós-Segunda Guerra. (WSJ)

No mundo, o número de infectados ultrapassou 3 milhões, com 211.326 mortes. Nos EUA, com 5.593.495 testes realizados, 988.469 pessoas tiveram seus diagnósticos confirmados e 56.253 óbitos. (Johns Hopkins)

O preço do petróleo continua caindo. Ontem, o maior ETF de petróleo dos EUA anunciou vender seus contratos de curto prazo e a BP, petroleira britânica, reportou redução na demanda e queda nos lucros de 66% no primeiro trimestre, em relação ao ano anterior. (BBC)

Nesta manhã, apesar das sinalizações e planos de muitos governos para abertura de suas economias, a preocupação com uma segunda onda de contágio e com os números negativos explicam as bolsas fecharem sem direção definida na Ásia. Na Europa, o mercado está mais disposto e as bolsas avançam mais de 1%. Os futuros de Wall Street também apontam para um dia positivo, subindo mais de 1%, apesar do preço do petróleo continuar caindo.

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX R$ 5,6358  – 0,27 %
DI Fut Jan/25 7,47% + 26 bps
Ibovespa  78.238 pts + 3,86%
S&P 500 2.878 pts + 1,47%

TÓPICO DO DIA
Em sua coluna semanal no Valor Investe, o economista da Órama, Alexandre Espirito Santo, se dedica a análise dos movimentos de preço de duas commodities importantes para o mercado que tiveram trajetórias opostas nos últimos meses: ouro e petróleo. Vale a pena a leitura!

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