9 perguntas de investidores para fazer o dinheiro render na crise

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Hugo Daniel Azevedo, head comercial da Órama, tira dúvidas sobre diversos produtos, como o Órama DI, Tesouro Selic, Ações e Órama Ouro, por exemplo.

Com a taxa básica de juros da economia a 3% ao ano, o head comercial da Órama, Hugo Daniel Azevedo, destaca que começar a investir é a melhor forma de fazer seu capital trabalhar a seu favor. Todas as quartas-feiras, às 12h, o executivo comanda a live #HugoResponde, no perfil da plataforma no Instagram.

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Para ter sua dúvida respondida, basta enviá-la em forma de comentário em um dos posts do Instagram da Órama com a hashtag #HugoResponde. As lives anteriores estão disponíveis no IGTV do perfil. Confira algumas das perguntas escolhidas pelos especialistas nas últimas transmissões ao vivo.

1 – Qual é a rentabilidade do Fundo Órama DI? É 100% do CDI?

Azevedo: O Fundo Órama DI, da nossa gestora própria, tem taxa de administração zerada. O retorno é a rentabilidade do Fundo menos o Imposto de Renda (IR), de acordo com prazo determinado pela tabela do IR.

O Órama DI basicamente investe em Letras Financeiras do Tesouro, no chamado Tesouro Selic. Esses papéis tendem a trabalhar muito próximo da meta estipulada pelo Banco Central (BC) para a taxa Selic — atualmente a 3% —, que é acompanhada pelo CDI. Quem investe no Órama DI acaba ganhando muito próximo de 100%. Não é uma garantia, pode haver pequenas variações a depender do prazo, por exemplo 99%, 100,5% ou 101%. Lembrando que há tributação em cima do rendimento.

Se você busca um investimento com retorno líquido, sabendo sua taxa, você deve partir para produtos como LCI e LCA, que são isentos de IR.

2 – Tesouro Selic, mesmo pagando Imposto de Renda, ainda é mais rentável que a Poupança?

Azevedo: Sem dúvida alguma. A regra foi alterada há algum tempo: a Poupança tem um redutor e paga um valor além da Taxa Referencial Básica. Mesmo com Imposto de Renda, a Caderneta paga menos que um Fundo DI.

Eu desconsidero a Poupança como forma de investimento. Qualquer pessoa pode ter rendimento melhor com um Fundo DI — como o Órama DI — e até livre de IR — como o oferecido por CDB, LCI e LCA — dependendo da sua necessidade de liquidez.

3 – O que podemos esperar de rentabilidade nos Títulos prefixados?

Azevedo: O mercado cria expectativas sobre o futuro, sobre a atividade econômica, como estarão a inflação e o câmbio. E os “emprestadores de dinheiro” não vão estar dispostos a fornecer recursos na mesma taxa do curto prazo. Lá na frente, pode estar mais baixa, o que chamamos de curva descendente, ou mais alta — curva ascendente.

Hoje, temos uma curva ascendente, que pode ser vista nos Títulos prefixados. Um Título prefixado para 2023 paga 4,79% ao ano e, para 2026, 7,38% ao ano.

Então o governo oferece 4,79% ao ano, com risco de crédito do Tesouro Nacional, que é baixíssimo. Ao emprestar dinheiro para um banco pequeno, você espera receber mais, teoricamente, porque há um risco de crédito maior.

Para um ou dois anos, você encontra Títulos pagando de 150% do CDI até taxa prefixada de 5,5% a 6%, enquanto o governo pagará 4,79% para dois anos e meio.

Esse é o dilema que rodeia os investimentos em Renda Fixa. Ou você tem rentabilidade alta, sem liquidez e com risco de crédito considerável, ou tem rentabilidade mais baixa, porém com liquidez e risco de crédito médio, ou, ainda, tem risco de crédito zero com rentabilidade baixa. É preciso sempre ponderar.

4 – O Tesouro IPCA vale a pena no atual cenário?

Azevedo: Um Título com vencimento em 2035 vai pagar inflação mais 4,71% ao ano. Isso já foi 7,5%. Mas valem duas considerações sobre os Títulos IPCA de longo prazo: é necessário ter total certeza de que não vai precisar mexer nesse dinheiro até o vencimento; e o risco é precisar do dinheiro, e a taxa subir para 5,5%, 6% ou mais, ocasionando uma perda efetiva do seu investimento, a depender do prazo decorrido.

5 – Qual Ação é melhor para investir agora, nesta pandemia?

Azevedo: Com a sua pergunta, entendo que você já fez seu dever de casa e conhece um pouco sobre investimentos. Eu nunca vou recomendar que alguém invista em uma única Ação. Recomendo sempre uma carteira equilibrada de Ações, minimamente um conjunto de cinco a oito papéis, para que essa parte do seu capital investido tenha diferentes riscos.

Vivemos muita volatilidade e muita incerteza. Pode ser uma Ação em empresa de growth, que tem em vista o crescimento do negócio, ou value, de uma corporação que não tem muito a crescer, mas atingiu um patamar de resultados e, por isso, tem preço desvalorizado na Bolsa no momento.

Para ganhar no curto prazo, você precisa olhar os setores que caíram muito, como aviação, turismo, varejo e consumo. Para um pouco mais de resiliência, empresas que sempre são boas pagadoras de dividendos, como do setor elétrico, por exemplo.

6 – Por que Fundos de Ouro estão rendendo tão bem e quais seus riscos?

Azevedo: O ouro não paga taxa de juros, não tem rendimento nem dividendos. Se você investe em um Fundo de Ouro, como o Órama Ouro, é porque você está achando que o ouro vai subir, ou, neste momento de crise, pode ser uma forma de investir para proteger sua carteira em Ações, caso tenha uma.

Independentemente do motivo, você ganha dinheiro porque o ouro está subindo, negociado em dólar. E, como esse ativo é referenciado em dólar e a moeda vem se valorizando em relação ao real, nas últimas semanas e meses, ganha por isso também.

É bom que se diga: Fundo de Ouro não vai continuar subindo para sempre. Mas quando ele vai cair? Quando investidores internacionais entenderem que a crise vai passar, o cenário vai se tranquilizar e que vale a pena sair das posições de ouro, usadas como proteção, e passar a investir em Ações ou Títulos de Renda Fixa, por exemplo. Ou quando os investidores passarem a vender dólar e comprar real.

7 – Qual sua visão sobre Fundos Imobiliários neste momento?

Azevedo: Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) começaram a ganhar notoriedade de 2009/2010 para cá. Eles têm algo interessante para o investidor pessoa física. Quando você investe, o Fundo compra um imóvel ou ativos lastreados em contratos imobiliários, ou investe em outros Fundos que investem nessas duas categorias.

O rendimento dos ativos imobiliários, os aluguéis ou ganhos de capital na venda dos imóveis, é revertido para os cotistas, em 99% dos casos, isento de IR. Essa é uma grande vantagem. E quando você compra um Fundo Imobiliário negociado em Bolsa, você também pode ganhar com a valorização.

Recomendo que toda carteira tenha uma parcela em FIIs. Porém, vale o mesmo que para Ações: não investir em um único Fundo, recomendo diversificar com três a cinco produtos.

8 – A taxa Selic a 3% vai aquecer o consumo e acelerar a recuperação da economia?

Azevedo: Essa é uma das razões para que o Banco Central tenha cortado a Selic para 3%. A atividade econômica está baixa, as pessoas estão em casa e houve uma queda abrupta do consumo. Ninguém tem ido ao shopping, ao cabeleireiro, o entretenimento e o turismo pararam, são muitos setores que não estão bem.

Com essa queda toda da atividade, as projeções de inflação estão muito baixas. Já tivemos deflação nos últimos dados divulgados.

Mas me lembro de 1999, quando eu fazia mestrado: havia uma diferença temporal entre a alteração da taxa básica de juros e o efeito prático na atividade. Lá atrás, isso era de nove meses. Com o aprimoramento do sistema e do conhecimento dos agentes econômicos sobre essa forma de operar do Banco Central, esse tempo deve ter caído para causar um impacto real.

9 – Como escolher um Fundo para minha aposentadoria?

Azevedo: Essa tem que ser uma preocupação latente em todos nós. Existe uma forma muito inteligente, inclusive tributariamente, que são os Fundos de Previdência. Caso você declare o IR na forma completa, o PGBL tem grande vantagem, se o investimento se mantiver por mais de 10 anos. Eu sugiro Fundos de Previdência. Mas existem alternativas, você pode montar sua própria carteira, aplicar em outros Fundos e acompanhá-los ao longo da vida.

Para quem tem dúvidas sobre como começar a investir ou está inseguro em relação aos rumos do mercado, diante da crise provocada pelo novo coronavírus, a Órama preparou uma grade especial de conteúdos — são lives, podcasts e textos, disponíveis nos canais digitais da plataforma de investimentos. Veja a programação completa:

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Fonte: G.Lab

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