Proposta de imposto sobre transações digitais e dividendos e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 3 a 7 de julho*

Entre os principais fatos da semana na economia, destacam-se: a definição quanto à aprovação do pacote trilionário nos EUA; os números do emprego por lá; a redução pelo Copom da taxa básica de juros no Brasil, a Selic, para 2% ao ano; e os debates acerca da reforma tributária e do polêmico imposto sobre transações digitais. 

Em Comissão Mista no Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o imposto de 0,2% sobre transações digitais e classificou de “maldade” e “ignorância” chamar a proposta de nova CPMF. Segundo Guedes, que discursou a favor do corte de gastos, a reforma não vai aumentar a carga tributária. Ele também falou de privatizações e disse que apresentará proposta de tributar dividendos. Sobre a possível ampliação do auxílio emergencial até dezembro, disse que não há recursos suficientes para manter o valor de RS$ 600. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, apoiou a manutenção do teto dos gastos. 

O plenário do Senado aprovou o projeto que limita os juros dos cartões de crédito e cheque especial em 30% ao ano enquanto durar o estado de calamidade pública. O governo é contra a medida, alegando que pode gerar distorções no sistema financeiro. A proposta segue para a Câmara dos Deputados.

Indicadores importantes divulgados esta semana pelo IBGE foram a inflação, a taxa de desemprego e a produção industrial. A inflação de julho, medida pelo IPCA, fechou em 0,36%, percentual acima das expectativas. E a taxa de desemprego subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho. 

Com o retorno à produção fabril em unidades que estavam paralisadas devido à pandemia, a atividade industrial do país registrou alta de 8,9% em junho, a maior taxa desde junho de 2018. Em março e abril, a queda do setor foi de 26,6%.

Na política, a crise predominante é no Ministério Público, com o agravamento de críticas de procuradores contra o procurador-geral, Augusto Aras, em questões com o foco na autonomia e na Lava-Jato.

Sobre as vacinas contra Covid-19, a Fiocruz disse que deve começar a produzir em dezembro, após ter assinado acordo com o laboratório britânico AstraZeneca, que garante 100 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford. No mundo, uma discussão que vem gerando polêmica é a concentração da oferta nos países ricos. E a Novavax anunciou resultados animadores em estudos preliminares. 

Nos EUA, democratas e republicanos se comprometeram a chegar a um acordo sobre o novo pacote de ajuda econômica. 

Por lá, a criação de vagas de emprego desacelerou bastante em julho, reacendendo dúvidas quanto ao ritmo e à força de recuperação da economia americana. Foram 1,763 milhão de vagas, após 4,791 milhões no mês anterior. A taxa de desemprego caiu para 10,2%. 

E a Microsoft tenta superar impasse sobre compra do aplicativo TikTok nos EUA, com o envolvimento do presidente Donald Trump, que quer banir o aplicativo chinês do país – em mais uma etapa do embate comercial entre as duas potências.

A semana foi marcada pela explosão no porto de Beirute no Líbano, com centenas de mortos, milhares de feridos e destruição por toda a parte da capital libanesa. A origem da tragédia, que pode ter sido causada por negligência no armazenamento de material explosivo, está sendo investigada.

No pregão desta quinta-feira, o dólar fechou em alta de 0,93%, cotado R$ 5,342. O Ibovespa teve alta de 1,29%, para 104.125 pontos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 7/8, às 9h30.

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