Bolsa reflete a forte alta do setor bancário e os últimos destaques

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RESUMO DOS MERCADOS

   Cotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)100.721,40-1,17%-1,39%1,36%-12,91%
Dólar PTAX (R$)5,3079-1,23%-2,93%-2,99%31,69%
DI Jan 2025 (bps)5,74%-8-8-17-71
S&P 500 (pts)3.455,06-3,51%-1,51%-1,29%6,94%

BRASIL EM FOCO
DESTAQUES: a queda muito forte dos índices americanos impactaram também o mercado no Brasil. O setor bancário, contudo, teve forte alta, segurando a queda da bolsa por aqui. Os destaques foram Bradesco (BBDC4 + 3,92%; BBDC3 + 3,41%);  Santander (SANB11 +3,38%) e Itaú Unibanco (ITUB4 +2,43%). No campo negativo, acompanhando o movimento externo, as empresas de e-commerce tiveram as maiores quedas. B2W (BTOW3: -7,57%); Viavarejo (VVAR3 -6,88%);  Magazine Luíza (MGLU3 -5,36%). Nos mercados de câmbio e juros, a perspectiva de andamento das reformas, permitiu uma recuperação do real e um recuo das taxas ao longo de toda a curva. 

REFORMA ADMINISTRATIVA: o detalhamento da reforma administrativa foi entregue ao Congresso. A proposta foi fatiada e apenas a Fase 1 foi apresentada, como um PEC (Proposta de Emenda à Constituição), com a estrutura geral do novo modelo de administração pública para os novos contratados. O modelo passa a ter diferentes tipos de vínculo, com estabilidade restrita a alguns cargos, sem progressão por tempo de serviço e limitando também alguns benefícios. Vale para os três Poderes da União, estados e municípios, mas deixa de fora parlamentares, militares, procuradores e juízes. A Fase 2, sem previsão, dependeria de Lei Complementar e iria estabelecer as regras de gestão de desempenho no serviço público, determinando os ajustes no estatuto do servidor e nas diretrizes das carreiras. A Fase 3, também sem previsão, é um projeto com mudanças na remuneração dos novos servidores e tempo nas carreiras. O cálculo do impacto fiscal não foi divulgado e, segundo o governo, é necessário aprovar todas as etapas para que a reforma tenha efeito nas contas públicas. (Folha)

TRAMITAÇÃO: Rodrigo Maia afirmou que espera votar a proposta, pelo menos na Câmara, até o fim do ano, mas que a real prioridade até dezembro deve ser regulamentar os gatilhos do Teto de Gastos, para abrir espaço para o programa de Renda Brasil. (Valor)

POLÊMICAS: Simone Tebet (MDB-MS), presidente da CCJ do Senado, comentou que “É preciso ter em mente que a autonomia dos Estados e municípios precisa ser integralmente respeitada e que tudo que o servidor atingido puder judicializar, ele o fará e o juiz vai dar […] A imensa maioria dos servidores é estadual ou municipal e não ganha muito. Você acha que um senador vai votar alguma coisa que possa levar à redução de vencimentos de um servidor municipal? Esse povo não conhece o Brasil. Eles acham que podem tudo e não conseguem nada”, Para Simone Tebet, tanto a reforma administrativa quanto a dos gatilhos para o teto avançariam se o Congresso criasse uma barreira que preserve os que ganham até R$ 5 mil. (Valor)

ARTICULAÇÃO POLÍTICA: Rodrigo Maia, contudo, afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, “tem proibido a equipe econômica de conversar” com ele. O Maia foi informado de que a interlocução deveria ser feita com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Guedes confia em Barros, a quem chama de “craque”. O presidente da Câmara irá conversar com o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e reforçou que não se reunirá mais com Guedes. “Foi encerrada a interlocução“.  ( Poder 360)

PRODUÇÃO INDUSTRIAL: em julho, a produção industrial cresceu 8,0% frente a junho de 2020, completando três meses seguidos de alta. O crescimento, porém, ainda não foi suficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril e, no ano, o indicador apresenta -9,6% de queda. (IBGE)

CORONAVÍRUS NO BRASIL: o país ultrapassou os 4 milhões de casos confirmados e 124,6 mil óbitos em decorrência da Covid-19. (Ministério da Saúde)


OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
DESTAQUES EXTERNOS: a queda do setor de tecnologia nos EUA foi muito forte. O Nasdaq recuou 4,96% e as ações da Apple estiveram entre os destaques negativos, com perdas de 8% nesta quinta. Os papéis da Microsoft recuaram 6,19%, seguidos de Alphabet (-5,12%), Amazon (-4,63%) e Facebook (-3,76%). O VIX, índice que acompanha a volatilidade do mercado, subiu 26,5%.

SEGURO-DESEMPREGO NOS EUA: o número de pessoas que buscam e recebem benefícios do seguro-desemprego caiu em 130.000, e foi para 881.000, na semana encerrada em 29 de agosto. Houve uma mudança de metodologia de cálculo desse indicador que pode ter influenciado na queda acima das expectativas. Os sinais, apesar de mistos, apontam para uma lenta melhora. Segundo as estimativas do governo, cerca de 29 milhões de pessoas estavam recebendo assistência de programas estaduais e federais em meados de agosto. (WSJ)

RELAÇÕES EUA-CHINA: de acordo com um documento do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca (OMB) de 27 de agosto, o OMB instruiu as agências dos EUA a apresentarem dados transversais sobre o financiamento federal que ajuda ou apoia a China, ou que direta ou indiretamente, busca combater a influência global da China e as práticas comerciais desleais do país. (Reuters)

CORONAVÍRUS: enquanto o foco está na vacina, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk está explorando novos tratamentos para a doença, com uma classe de medicamentos que ajuda as pessoas a perder peso e controlar o diabetes. Nos EUA, os infectados ultrapassaram os 6,15 milhões e as mortes chegaram a 186,8 mil. No mundo, o número de casos confirmados é de 26,3 milhões e os óbitos somam 869,3 mil. (Johns Hopkins  / Bloomberg)

HOJE: na Ásia, as bolsas também fecharam em forte queda acompanhando o desempenho americano de ontem. Os índices na Europa operam em sua maioria em leves altas. Em Wall Street, os futuros apontam para uma abertura sem direção única, com o Nasdaq estendendo as perdas de ontem. Hoje saem os dados do payroll nos EUA e é esperado que a taxa de desemprego caia para abaixo dos 10%.

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