Os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e os últimos destaques

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RESUMO DOS MERCADOS

   Cotação  Dia Semana Mês Ano
Ibovespa (pts)98.289,70-1,81%-0,07%-1,09%-15,01%
Dólar PTAX (R$)5,28890,56%0,07%-3,33%31,22%
DI Jan 2025 (bps)6,35%333744-10
S&P 500 (pts)3.319,47-1,12%-0,64%-5,17%2,75%

BRASIL EM FOCO
DESTAQUES: o índice brasileiro teve forte queda na sexta, mas fechou a semana próximo da estabilidade. Os ruídos políticos envolvendo Bolsonaro e a equipe econômica, assim como as incertezas quanto à questão fiscal e o Renda Brasil, contribuíram para o fraco desempenho na semana. O impacto da política fiscal também fez preço no mercado de juros, devido às dúvidas sobre a capacidade do Tesouro Nacional de refinanciar a dívida pública. 

INFLAÇÃO: o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 4,57% na segunda prévia de setembro, ante 2,34% no mesmo período. A taxa acumulada em 12 meses pela segunda medição mensal do IGP-M passou de 12,58% para 18,20%. (Valor)

PNAD COVID: a pesquisa Pnad Covid do IBGE, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho, apontou na sexta (18) que a maior flexibilização do isolamento vem fazendo com que as pessoas passem a procurar emprego, o que estatisticamente pressiona a taxa de desemprego, que bateu 14,3%, o maior nível desde o início da pandemia. São, ao todo, 13,7 milhões de desempregados. (IBGE)

AJUSTE FISCAL:  os gatilhos da Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto de gastos, da PEC Emergencial (186) e do Pacto Federativo (188), não abrem espaço para o aumento dos investimentos ou para o Renda Brasil. Segundo especialistas, no melhor das hipóteses, essas medidas impedem que as despesas cresçam mais do que a inflação. Isso porque o crescimento vegetativo de despesas, como a previdência, já tomariam o espaço aberto. Medidas que poderiam ter efeito fiscal, como a desindexação das aposentadorias ou o fim do abono salarial e seguro defeso, foram inviabilizadas politicamente pelo próprio Bolsonaro. (Valor)

CORONAVÍRUS NO BRASIL: o país ultrapassou os 4,54 milhões de casos confirmados e 137 mil óbitos em decorrência da Covid-19. (Ministério da Saúde)


OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 
DESTAQUES EXTERNOS: pela terceira semana consecutiva, os índices acionários americanos fecharam em queda. As ações de tecnologia continuaram com desempenho negativo, mas, em semana de decisão do FOMC, o setor de consumo discricionário foi o que mais caiu com a preocupação dos investidores sobre a capacidade de recuperação da economia e do governo fornecer mais estímulos fiscais e monetários efetivos, 

TRUMP E VACINA: o presidente Donald Trump disse que seu governo espera poder vacinar todos os americanos contra o novo coronavírus até abril de 2021. “Teremos fabricado pelo menos 100 milhões de doses de vacina, até o final do ano”, disse Trump, em entrevista coletiva na sexta-feira (18). A projeção de Trump é mais otimista e ambiciosa do que a dos executivos da indústria farmacêutica e outras autoridades de saúde, incluindo Anthony Fauci e o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Robert Redfield, que disseram que a maioria dos americanos não deve esperar uma vacina antes de meados de 2021. (Bloomberg)

TIKTOK: o acordo com a TikTok, que Donald Trump assinou no sábado, não cumpre quase nada do que o presidente inicialmente pediu. Trump disse que queria que a parte americana do negócio pertencesse a uma empresa americana. Mas a ByteDance Ltd. da China continua sendo a acionista majoritária de uma nova empresa que incluirá a Oracle e o Walmart. Trump ainda queria que os dados ficassem nas mãos dos americanos, por razões de segurança nacional. E ele conseguiu: a Oracle se torna o provedor de nuvem da TikTok, assumindo a responsabilidade de hospedar dados do usuário em servidores dentro dos EUA, mas o algoritmo em si ainda pertencerá ao ByteDance. Uma vitória alegada por Trump é que a nova empresa terá uma sede no Texas e deverá contratar 25.000 americanos, embora não tenha sido fornecido nenhum detalhamento ou cronograma para a contratação. (Bloomberg)

SUPREMA CORTE EUA: a juíza da Suprema Corte Americana, Ruth Bader Ginsburg, faleceu na sexta-feira (18). Ginsburg era de uma vertente mais progressista da corte e a tentativa de rápida nomeação por parte de Trump, vem atraindo a atenção dos democratas da possibilidade de a Corte ficar “desbalanceada” para o lado conservador. A seis semanas das eleições, uma pesquisa da Reuters / Ipsos divulgada no domingo revelou que 62% dos adultos americanos, incluindo metade dos republicanos entrevistados, acham que Ginsburg deveria ser substituída pelo vencedor da eleição de novembro. O presidente Donald Trump disse que provavelmente escolherá uma mulher para substituí-la ainda essa semana. Para barrar essa nomeação, os democratas precisam de 4 votos republicanos no Senado, ( ReutersBloomberg)

CORONAVÍRUS: Nos EUA os infectados ultrapassaram os 6,81 milhões e as mortes chegaram a 199,5 mil. No mundo, o número de casos confirmados é de 31,08 milhões e os óbitos somam 961 mil. (Johns Hopkins)

HOJE: na Ásia, os mercados fecharam sem direção definida com destaque para o índice de Hong Kong (Hang Seng) que teve queda de 2,06%. Os índices na Europa operam em forte queda, de mais de 3%, com receio de que novos lockdowns possam ser decretados e o relatório sobre transações suspeitas de bancos internacionais. Os futuros de Wall Street também apontam para uma abertura no vermelho, em meio às discussões sobre a indicação para a Suprema Corte.

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