Tentativa de prorrogação do decreto de calamidade pública e os últimos destaques

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Segunda-feira, 19 de outubro de 2020

RESUMO DOS MERCADOS

Cotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)98.309,10-0,75%0,85%3,92%-14,99%
Dólar PTAX (R$)5,62260,10%1,50%-0,32%39,50%
DI Jan 2025 (bps)6,62%852017
S&P 500 (pts)3.483,810,01%0,19%3,59%7,83%

BRASIL EM FOCO

DESTAQUES: a sexta feira foi de cautela no mercado, com Petrobras e bancos pesando negativamente.  A PETR3 caiu 2,48%, enquanto PETR4 recuou 2,13%, em um dia de queda nos contratos futuros de petróleo  O barril do Brent – usado como referência pela estatal – caiu 0,83% a US$ 42,80. No caso dos bancos, Itaú Unibanco PN recuou 1,62%, Bradesco ON cedeu 2,66% e Bradesco PN caiu 1,98%. Juntas, a petroleira e as instituições financeiras respondem por 23,39% da carteira teórica do Ibovespa. A queda na sexta não foi suficiente para apagar os ganhos da semana.

ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA: diante das dificuldades de encontrar caminhos para financiar o Renda Cidadã, uma ala do governo e parlamentares do Centrão intensificaram as articulações nos últimos dias para viabilizar a prorrogação do decreto de calamidade pública por pelo menos um trimestre. A alternativa em discussão seria apresentar a proposta via Medida Provisória (MP), que tem vigência após sua publicação, para ganhar tempo na elaboração do novo programa de renda mínima. A ofensiva não conta com o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes, e enfrenta resistência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que alega que o mecanismo é inconstitucional. (Valor)

BANCARIZAÇÃO: de acordo com dados do Banco Central, 9,8 milhões de pessoas iniciaram relacionamento com instituição financeira de março para cá. O pagamento do auxílio emergencial pela Caixa foi importante para esse movimento, o acesso à internet ainda é um obstáculo. De acordo com a última pesquisa do IBGE sobre o tema, 20,9% das residências brasileiras não tinham internet em 2018. (Folha)

ELEIÇÕES MUNICIPAIS: segundo pesquisa do PoderData, 47% da população acha que é seguro e pretende sair de casa para votar em novembro, para 46%, em virtude da pandemia, ainda é arriscado.  O grupo de quem tem 60 anos ou mais é o que tem maior segurança em comparecer à votação, com 58%. No recorte por renda, 87% dos mais ricos (aqueles que ganham 10 salários mínimos ou mais por mês) disseram se sentir seguros para ir votar. No cruzamento de dados com a avaliação de Jair Bolsonaro, 52% dos que avaliam o mandatário como “ótimo” ou “bom” dizem se sentir seguros para votar. Outros 41% acham arriscado. Dos que consideram o presidente “ruim” ou “péssimo”, 51% dizem achar arriscado ir votar na pandemia. Outros 46% afirmaram ter segurança. Outro levantamento do PoderData mostra que 10% dos eleitores entrevistados já baixaram o aplicativo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para justificar ausência nas eleições 2020. (Poder 360)

CORONAVÍRUS NO BRASIL: o país ultrapassou os 5,24 milhões de casos confirmados e 153,6 mil óbitos em decorrência da Covid-19. (Ministério da Saúde)


OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

DESTAQUES EXTERNOS: os índices de Wall Street fecharam a sexta sem direção definida O Dow Jones e S&P 500 tiveram altas de 0,39% e 0,01%, respectivamente. Já o Nasdaq caiu 0,36%. Dados positivos do varejo e de uma vacina da Pfizer serviram de contraponto às incertezas quanto ao pacote de estímulos, que continua sem um acordo no Congresso americano.

PACOTE DE ESTÍMULOS: a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, definiu que essa terça-feira é o prazo final para chegar a um acordo com a Casa Branca sobre o pacote de estímulos, antes das eleições de novembro. Contudo, ainda permanece a dúvida se o Senado, controlado pelos republicanos, irá aceitar qualquer proposta vinda dos democratas. O presidente Donald Trump disse em campanha no domingo que está pronto para chegar aos US$ 2,2 trilhões exigidos pelos democratas – ou até mesmo aumentar o pacote  – apesar dos repetidos avisos do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, de que a maioria dos senadores republicanos se oporá a qualquer pacote de ajuda contra o coronavírus tão grande. (Bloomberg)

INDICADORES ECONÔMICOS: as vendas no varejo dos EUA aumentaram 1,9% em setembro, com os consumidores gastando fortemente com veículos, roupas e artigos esportivos. O número ficou muito acima do consenso de economistas ouvidos pelo “Wall Street Journal”, de alta de 0,7%. Excluindo automóveis e gasolina, as vendas no varejo cresceram 1,5% em setembro, ante expectativa de  0,4%. (WSJ)

ELEIÇÕES NA BOLÍVIA: Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS) do ex-presidente Evo Morales, venceu a eleição presidencial na Bolívia já no primeiro turno, indicam as pesquisas de boca de urna. Embora a apuração oficial dos votos siga em ritmo lento, o resultado foi reconhecido pela presidente interina Jeanine Áñez, opositora do MAS. (O Globo)

ECONOMIA CHINESA: o produto interno bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, ficando aquém das expectativas do mercado. Contudo, o número coloca a economia da China de volta em sua trajetória pré-coronavírus, meio ano depois do início da pandemia. O FMI projeta um crescimento do PIB chinês de 1,9% esse ano. (WSJ)

CORONAVÍRUS: o avanço da Covid-19 na Europa trouxe o número de casos confirmados para mais de 40 milhões globalmente e o número de mortos pela doença ultrapassou os 1,11 milhão no mundo. Nos EUA os infectados já somam 8,15 milhões e os óbitos chegaram a 219,6 mil. A aproximação do inverno no hemisfério norte vem elevando a preocupação dos governos que já estão introduzindo novas medidas de isolamento. A Índia e os EUA têm em média mais de 50.000 casos por dia. ( Johns Hopkins)

HOJE: na Ásia os mercados fecharam a maior parte em alta. Os índices na Europa operam entre leves ganhos e perdas. Os futuros de Wall Street apontam para uma abertura positiva 

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