Congresso aprova proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias e os últimos destaques

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Quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

RESUMO DOS MERCADOS

Cotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)117.857,401,47%2,37%8,23%1,91%
Dólar PTAX (R$)5,10570,17%0,72%-4,24%26,68%
DI Jan 2025 (bps)5,93%103-69-52
S&P 500 (pts)3.701,170,18%1,03%2,20%14,56%

BRASIL EM FOCO 

DESTAQUES

A aprovação da LDO no Congresso e a alta do preço do minério de ferro contribuíram para que o Ibovespa terminasse o dia em forte valorização e bem próximo do recorde histórico. O mercado, contudo, segue atento ao clima de Brasília, onde a disputa se intensifica com a proximidade do recesso e com a indefinição dos nomes para as mesas diretoras do Congresso.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

O Congresso Nacional aprovou, na quarta-feira (16), a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021. O parecer do relator, senador Irajá (PSD-TO) atualizou a versão do Executivo e estabeleceu para a meta fiscal um déficit primário de R$ 247,1 bilhões. Além disso, o texto indica a correção do salário mínimo em janeiro, de R$ 1.045 para R$ 1.088. Os deputados aprovaram o substitutivo por 444 votos a 10. No Senado, a votação foi simbólica. Foram rejeitados todos os destaques oferecidos pelas bancadas na Câmara e no Senado. Com a LDO aprovada, o Congresso pode entrar em recesso e, até que a LOA seja apreciada, a liberação do Orçamento se dará mensalmente por meio do chamado “duodécimo”, que é a divisão dos recursos totais previstos no ano por 12. (Agência Câmara de Notícias)

SENADO

O MDB terá candidato à presidência do Senado em 2021. A senadora Simone Tebet (MS) deve concorrer contra Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Braga (AM). Gomes e Bezerra Coelho são líderes do governo no Congresso e no Senado, respectivamente, e o MDB não vai se colocar como oposição ao governo Bolsonaro. O partido deve lançar apenas um nome e evitar a divisão que ocorreu em 2019 com Tebet e Renan Calheiros disputando a vaga. O nome que vem sendo trabalhado por Davi Alcolumbre (DEM-AP) é o de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e conta com o respaldo do Planalto. É provável que o Senado em 2021 se torne mais alinhado ao governo do que uma casa independente. (Valor)

APROVAÇÃO DO BOLSONARO

Pesquisa do Ibope indica que o presidente Jair Bolsonaro perdeu cinco pontos percentuais de avaliação positiva entre setembro e dezembro. Agora, 35% da população avalia o desempenho dele como ótimo ou bom, enquanto há três meses o resultado positivo era de 40%. Os brasileiros que consideram o governo como ruim ou péssimo são 33% e 30% acham o governo regular. (O Globo)

VACINA

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello declarou, ontem (16), que o governo espera ter “as vacinas em meados de fevereiro” para começar a vacinação. Contudo, o Ministério da Saúde não tem nenhuma informação clara sobre quais e quantas doses de vacinas o Brasil terá nos meses de janeiro e fevereiro de 2021. O governo federal só tem dois contratos formalizados até o momento: com a farmacêutica AstraZeneca (que desenvolveu a vacina em parceria com a universidade de Oxford) e com o Covax, um tipo de consórcio internacional de aquisição de vacinas sob a alçada da OMS. A AstraZeneca tem até julho de 2021 para entregar as primeiras 100,4 milhões de doses. O Ministério da Saúde assinou memorando de entendimento com o Instituto Butantan, Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya (desenvolvedora da Sputnik V), Pfizer/BioNTech e Janssen. É a primeira etapa das negociações. (Poder 360)

CORONAVÍRUS NO BRASIL

O Ministério da Saúde informou que o país superou os 7 milhões de casos, ontem (16). No mesmo dia, foi registrado um novo recorde no número de casos com 70.574 brasileiros infectados em 24 horas. No entanto, o Estado de São Paulo, epicentro da pandemia no país, não atualizou os dados epidemiológicos nesse dia, o que indica que os números são ainda maiores. (Ministério da Saúde / CNN)


OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

DESTAQUES EXTERNOS

Nos EUA, os índices de Wall Street fecharam o dia sem direção definida. O Nasdaq anotou nova máxima histórica, o S&P 500  registrou leve alta, enquanto o Dow Jones recuou um pouco. O recrudescimento da Covid-19 torna ainda mais urgente a aprovação de um pacote de ajuda econômica pelo Congresso e os analistas de mercado também estavam atentos às indicações de estímulos monetários na fala de Jerome Powell, ontem, após o comunicado do FOMC.

FOMC

O Federal Reserve apresentou planos atualizados para as compras de grandes quantidades de dívida do governo para dar suporte à economia. No entanto, não alterou o programa para fornecer mais estímulos reforçando que as taxas devem permanecer próximas de zero até pelo menos 2023. O Fed, contudo, mudou a linguagem. Até a última reunião, o BC americano dizia que seguiria com suas compras de ativos “nos próximos meses”. No comunicado de ontem, o Fed disse que as compras continuarão “até que progresso substancial seja feito em direção às metas de inflação e de máximo emprego do comitê”. Jerome Powell destacou ainda a importância da política fiscal para fornecer suporte à economia, antes que as vacinas contra a Covid-19 estejam amplamente disponíveis. (Valor)

PACOTE DE ALÍVIO

Os líderes do Congresso e suas equipes continuaram trabalhando nos detalhes de um plano de alívio ao coronavírus de quase US$ 900 bilhões, na expectativa de divulgá-lo hoje (quinta-feira). Pessoas informadas sobre as negociações dizem que o rascunho da proposta inclui US$ 600 em pagamentos para indivíduos, US$ 300 por semana em pagamentos de seguro-desemprego suplementar e ajuda para pequenas empresas, bem como cerca de US$ 17 bilhões para companhias aéreas. (Bloomberg)

VACINA

O comitê consultivo federal de vacinas dos EUA, provavelmente, recomendará que a Food and Drug Administration conceda a autorização de uso de emergência para a nova vacina da Moderna nesta quinta-feira. (WSJ)

CORONAVÍRUS

O presidente da França, Emmanuel Macron, testou positivo para o coronavírus. Nos EUA, o número de casos chegou a 16,9 milhões e as mortes ultrapassaram 307 mil. No mundo, são 74 milhões de infectados e 1,6 milhões de óbitos. (Johns Hopkins / Financial Times)

MERCADOS HOJE

Na Ásia, os mercados fecharam em alta. Os índices da Europa também operam no positivo, assim como os futuros dos EUA. Os dados mais importantes do dia são a inflação na Zona do Euro, número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA e a decisão de política monetária do BoE.

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