Brasil passa de 300 mil mortos pela covid-19 e os destaques da semana

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Panorama Semanal de 22 a 26 de março*

COVID

Já passam de 300 mil os mortos pela Covid-19 no Brasil. Outro recorde macabro: mais de três mil mortos em um único dia. Pelo país, hospitais estão em colapso ou à beira do colapso. São Paulo e Rio de Janeiro iniciaram um “megaferiado” de dez dias. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o número de óbitos causados “já ultrapassou o limite do bom senso”. Uma boa notícia é que o Instituto Butantan vai produzir uma vacina própria, a Butanvac, e deve solicitar à Anvisa, ainda nesta sexta-feira, a autorização para testes clínicos. A expectativa é produzir 40 milhões de doses até o fim de 2021. 

VACINAÇÃO

Em pronunciamento na TV,  o presidente Jair Bolsonaro afirmou que 2021 será o “ano da vacinação dos brasileiros”. Negando que é contra vacinas, Bolsonaro disse que se empenhou pessoalmente para comprar o imunizante da Pfizer. Houve panelaços por todo o país, e o presidente foi chamado de mentiroso. 

COMBATE À PANDEMIA

Bolsonaro convocou representantes das cúpulas do Legislativo e do Judiciário em uma reunião para tratar do combate à pandemia. O resultado foi um “pacto nacional”, que prevê acolher as demandas dos governadores para encaminhá-las a um comitê semanal anti-Covid. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a união entre os poderes fortalecerá o SUS. Governadores da oposição não participaram da reunião. Segundo o presidente, “o desemprego parte diretamente de quem faz lockdown”. 

A ideia de pacto não impede conflitos no poder. Em uma possível alusão a impeachment, o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez um discurso genérico sobre “remédios políticos amargos”, em que mencionou “erros primários, desnecessários e inúteis”. Amenizando o tom, disse, no entanto, que  os parlamentares preferem que as “atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política”. 

Em outra frente, quem balança é o chanceler Ernesto Araújo, que vem sendo cobrado por adotar uma postura ideológica, a qual atrapalha, segundo os críticos, a negociação de vacinas com a China, por exemplo. 

ECONOMIA

No segmento econômico, destaque para a carta aberta que critica o combate à pandemia, assinada por economistas, banqueiros e empresários. Para o Executivo, trata-se de “movimento político” contra Bolsonaro. 

No Congresso, a Comissão Mista de Orçamento votou o Orçamento para 2021, remanejando recursos para não paralisar obras e atividades. 

TAXA SELIC

Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirmou que o órgão segue trabalhando com um cenário de “normalização parcial” da política monetária. Segundo Campos Neto, a elevação da Selic em 0,75 ponto percentual não significa que a taxa básica de juros deixará de ser estimulativa. No Relatório Trimestral de Inflação do BC, a meta seria de “juros neutros”, que não estimulam nem reduzem a atividade da economia. 

MORO

No Judiciário, em uma sessão com bate-boca entre ministros, a Segunda Turma do STF declarou, por 3 votos a 2, que Sérgio Moro agiu com parcialidade na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex. As provas se tornaram, então, nulas. 

PREGÃO

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,5%, a 113.749 pontos. O dólar subiu 0,55%, cotado a R$ 5,67 na venda.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

* Dados atualizados até as 9h30 do dia 26.

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