Câmara aprova projeto que autoriza a privatização dos Correios e os últimos destaques

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Quinta-feira, 22 de abril de 2021

RESUMO DOS MERCADOS

Cotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)120.061,99-0,72%-0,87%2,94%0,88%
DI Jan 2025 (bps)8,00%142-5235
Dólar PTAX (R$)5,5266-0,87%-1,89%-3,00%6,35%
S&P 500 (pts)4173,420,93%-0,29%5,05%11,11%

BRASIL EM FOCO 

DESTAQUES

O Ibovespa fechou em queda, na terça-feira (20), com os investidores receosos em relação ao acordo sobre o Orçamento de 2021. Também influenciou o resultado negativo do índice brasileiro, a queda nos benchmarks das bolsas dos EUA, antes do feriado.

ORÇAMENTO 2021

Bolsonaro sancionou com vetos o Projeto de Lei (PLN) que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e permite a abertura de créditos extraordinários para auxíliar as empresas e retirar gastos emergenciais com saúde do teto de gastos. Segundo Paulo Guedes, as mudanças na LDO liberarão despesas fora do teto de gastos superiores a R$100 bilhões. Com a retirada desses gastos da meta fiscal, o presidente Bolsonaro, a princípio, pode sancionar o Orçamento de 2021 sem cometer crime de responsabilidade e manter os R$ 16,5 bilhões em emendas parlamentares. ( Valor / G1)

PRIVATIZAÇÕES

A Câmara aprovou na terça-feira (20) o pedido de urgência para o projeto que autoriza a privatização dos Correios e a entrada da iniciativa privada em serviços postais. O BNDES está estudando o melhor modelo para privatizar a estatal. Além disso, há expectativa de que o deputado Elmar Nascimento, relator da MP da privatização da Eletrobras na Câmara, apresente seu parecer na semana que vem. (Veja / CNN)

PAUTA AMBIENTAL

O início da Cúpula de Líderes sobre o Clima será um teste de fogo para o novo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Bolsonaro se comprometera, em carta para Biden na semana passada, com o fim do desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. A expectativa é que agora sejam apresentadas metas e medidas para o curto prazo além de uma maior disposição às considerações da comunidade internacional para a Amazônia. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, advoga pela regulamentação do créditos de carbono e continua defendendo que o Brasil receba US$ 1 bilhão em ajuda internacional como pagamento por esses créditos relativos à redução do desmatamento no período entre 2006 e 2017. (CNN / G1 / Valor / O Globo / WSJ)

CESSÃO ONEROSA

O próximo leilão dos excedentes da cessão onerosa do pré-sal ofertará reservas da área de Sépia e Atapu por bônus de assinatura de mais de R$11 bilhões, mais alíquotas de óleo-lucro, afirmou o CNPE. Essas mesmas áreas haviam sido ofertadas em 2019 por bônus de mais de R$35 bilhões, além das alíquotas, mas não houve interessados à época. (Reuters)

VACINAÇÃO

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacinação de grupos prioritários no Brasil deve ser concluída somente em setembro. Essa previsão traz um atraso de quatro meses em relação ao inicialmente indicado pelo ex-ministro Pazuello. Segundo Queiroga, fornecedores como o Covax Facility estão descumprindo acordos e há demora no envio de insumos para a produção das vacinas no Brasil. Também foram anunciadas negociações para a compra de 100 milhões de doses extras da vacina Pfizer, mas com o recebimento somente em 2022. ( O Globo)

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Nas últimas 24h, foram registrados 79,7 mil novos casos e 3.472 mortes. Desde o início da pandemia, o país acumula 381.475 óbitos e 14,12 milhões de casos confirmados de Covid-19. Já foram aplicadas no Brasil38,5 milhões de doses de vacina, sendo que 10,9 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante.  (Ministério da Saúde / G1)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

DESTAQUES

Nos EUA, os índices tiveram um dia positivo, ontem (21), com o S&P500 e o Dow Jones subindo 0,93% e o Nasdaq em alta de 1,19%.

POLÍTICA MONETÁRIA

O Banco do Canadá sinalizou que vai reduzir a recompra de títulos e que a elevação dos juros está à vista, em função da forte retomada econômica, após a reunião de política monetária. É o primeiro banco central do mundo desenvolvido a indicar a retirada de estímulos monetários. O dólar canadense valorizou após o anúncio. (Bloomberg)

CÚPULA DO CLIMA

Hoje iniciará a Cúpula de Líderes sobre o Clima, com a participação de 40 chefes de Estado dos principais países e economias do mundo. Joe Biden, anfitrião do evento, buscará reafirmar a liderança americana no combate às mudanças climáticas, um dos motes da sua campanha eleitoral. Apesar das tensões recentes com os EUA, o presidente chinês, Xi Jinping, também atenderá ao evento. A China, maior emissora de CO2 do planeta, apresentou um plano de reduções modesto no mês passado. Em 2020, o país expandiu sua geração energética baseada em carvão a uma taxa maior que todo o resto do mundo combinado. (BBC / FT)

RÚSSIA

Vladimir Putin alertou ontem que os países ocidentais não devem cruzar “linhas vermelhas” em relação aos conflitos de seu país com a Ucrânia. O líder do Kremlin disse que “quer boas relações, não queimar pontes”, mas afirmou que não devem “confundir nossas boas intenções com indiferença ou fraqueza”. (Reuters)

GUERRA TECNOLÓGICA

O Congresso americano, de forma bipartidária, está aumentando a urgência para aprovar leis que disponibilizem fundos para P&D, para o setor doméstico de fabricação de semicondutores e outras indústrias tecnológicas nos EUA, em níveis não vistos desde a Guerra Fria. O comitê de Relações Exteriores do Senado também aprovou uma série de medidas direcionadas à China, inclusive um maior escrutínio em doações para universidades, como resposta ao crescente poderio econômico, tecnológico chinês. ( Bloomberg)

SANÇÕES AO IRÃ

O governo Biden está sinalizando que pode relaxar sanções econômicas contra setores importantes da economia iraniana, como petróleo, mercado financeiro e siderurgia, para facilitar negociações sobre acordos nucleares com o país. Diversas sanções foram impostas durante à presidência de Donald Trump, mas agora membros do novo governo acreditam que revisar essas medidas pode frear o programa nuclear iraniano. (WSJ)

CORONAVÍRUS NO MUNDO

Nos EUA, os casos de Covid-19 já somam 31,8 milhões e as mortes ultrapassam 569 mil. No mundo são 143,5 milhões de infectados e os óbitos bateram a marca de 3 milhões. (Johns Hopkins)

HOJE

Na Ásia, os índices encerraram a sessão majoritariamente em alta, com destaque para os ganhos expressivos no Japão. O Nikkei avançou 2,38% e o Topix 1,82%. As bolsas europeias operam em terreno positivo e os futuros nos EUA apontam para uma abertura estável. O ouro é negociado a US$ 1.787 onça e o barril do petróleo cai aproximadamente 0,7%. Na agenda do dia, o BCE tem decisão de política monetária e saem os dados de pedidos de seguro-desemprego e de vendas de novos imóveis nos EUA. No Brasil, as atenções se voltam o prazo final para a sanção do Orçamento de 2021 e para o início da Cúpula do Clima.

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