População brasileira desocupada atinge 14,7%, diz IBGE, e os últimos destaques

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Sexta-feira, 28 de maio de 2021

RESUMO DOS MERCADOS

BrCotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)124.366,570,30%1,45%4,60%4,49%
DI Jan 2025 (bps)7,88%-18-318223
Dólar PTAX (R$)5,2840-0,61%-0,35%-2,21%1,68%
S&P 500 (pts)4200,880,12%1,08% 0,47%11,84%

BRASIL EM FOCO

DESTAQUES

O Ibovespa encerrou as negociações no positivo, em um dia em que as principais empresas do índice tiveram desempenho misto. Por outro lado, boas notícias relacionadas à macroeconomia interna e externa causaram impacto levaram o dólar os juros mais longos a recuarem

PNAD

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação brasileira atingiu 14,7% no 1° trimestre de 2021, o maior valor da série histórica. No 4° trimestre de 2020, esse número era de 13,9%. Apesar da população ocupada ter se mantido constante entre os 2 trimestres citados, a população desocupada aumentou em 880 mil pessoas, causando um crescimento de 6,3% desse indicador no período. A taxa composta de subutilização também marcou um recorde, 29,7% neste 1° trimestre. Esses dados variaram conforme os estados da federação. (IBGE / Estadão)

GOVERNO CENTRAL

Segundo divulgação do Tesouro Nacional, o superávit primário do governo central – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – totalizou R$16,5 bilhões em abril, o melhor resultado para o mês desde 2014. No primeiro quadrimestre de 2021, o resultado foi positivo em R$41 bilhões. sendo o número mais alto para o período desde 2012. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt , é “inescapável dizer que há componente de recuperação da economia importante ao explicar o comportamento das receitas”. Compartilha desse otimismo a equipe econômica do Itaú, que no início do dia divulgou a alteração de sua projeção do PIB (4,0% para 5,0%) citando expectativa de diminuição de desemprego para 12,3%. (Valor)

BALANÇA DE PAGAMENTOS

O déficit acumulado dos últimos 12 meses ($12,4 bilhões em abril) das contas externas brasileiras pode atingir o menor patamar desde março de 2008 ($10,8 bilhões), uma vez que em abril o país registrou superávit em conta corrente de $5,7 bilhões. Esse foi o maior resultado nominal para qualquer mês da série histórica, que iniciou em 1995. Segundo o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, também houve recordes da balança comercial (superávit de $9,1 bilhões) e das exportações ($26,6 bilhões).  Em relação ao PIB, o saldo negativo passou de 1,23% em março para 0,84% no mês passado. (Valor)

FITCH

A agência de rating Fitch manteve inalterada a nota de crédito de longo prazo para o Brasil, BB- com perspectiva negativa. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (27), a Fitch informa que o país permanece com endividamento público elevado, estrutura fiscal rígida, potencial de crescimento econômico frágil e cenário político desafiador, que dificulta o avanço das reformas econômicas e fiscais no prazo adequado. A agência prevê crescimento de PIB de 3,3% para o Brasil em 2021, citando riscos advindos da demora na vacinação e incertezas provenientes da corrida eleitoral já nesse ano. ( Valor)

CRISE HÍDRICA

A crise hídrica que novamente atinge o setor elétrico tem se agravado e autoridades do governo já consideram que será necessário instaurar um “comitê de crise” para pensar estratégias que possam afastar o risco de blecaute por déficit na oferta de energia. O governo vai emitir hoje alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados brasileiros – Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Todos estão na bacia do Rio Paraná, onde se concentra parte da produção agropecuária e grandes hidrelétricas. É o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos do Brasil. (Estadão / Valor)

REFORMAS

Em evento com associações industriais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que quer aprovar reforma tributária em 5 meses e disse que não vai aumentar impostos. O ministro disse que proposta só não saiu no ano passado devido à exigência dos governos estaduais em obterem fundos bilionários de compensação, o que seria insustentável para o governo federal. A proposta do governo é reduzir em 5% o imposto sobre as empresas, além da redução de tributos sobre a energia elétrica e os combustíveis, e ao mesmo tempo controlar gastos para reduzir o déficit fiscal. (Estadão

STF

Jair Bolsonaro, na ação apresentada por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), pediu para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender medidas restritivas adotadas nos últimos dias por três estados: Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O presidente argumenta que os decretos são inconstitucionais “por violação aos princípios democrático, do Estado de Direito, da legalidade e da proporcionalidade, bem como por afronta aos direitos fundamentais ao trabalho, à livre iniciativa e à subsistência”. ( O Globo)

CPI DA PANDEMIA

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse ontem (27) à CPI da Covid que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação. Segundo ele, 100 milhões de doses poderiam ter sido entregues até maio deste ano caso o governo tivesse dado à Coronavac o mesmo tratamento dispensado à vacina da AstraZeneca. Covas comentou que as conversas não prosseguiram porque houve manifestação contrária do presidente e que cada declaração contra a China se reflete nas dificuldades burocráticas para a aquisição da vacina. ( Poder 360)

CORONAVÍRUS NO BRASIL

Nas últimas 24h, foram registrados 67,5 mil novos casos e 2.245 mortes. Desde o início da pandemia, o país atingiu a marca de 456,7 mil óbitos e 16,3 milhões de casos confirmados de Covid-19. Foram aplicadas no Brasil 65,6 milhões de doses de vacina, sendo que 21,6 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante. ( Ministério da Saúde / G1)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

DESTAQUES

Os índices acionários americanos tiveram uma sessão majoritariamente positiva. O Dow Jones e o S&P  500 registraram ganhos de 0,41% e 0,12% respectivamente, enquanto o Nasdaq ficou de lado, recuando 0,01%.

PIB EUA

A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 6,4% no 1° trimestre de 2021, e economistas acreditam que no 2° essa taxa de crescimento pode atingir até 10%. Apesar de forte, o número veio abaixo da expectativa de 6,6%. A vacinação e a retomada econômica a partir das políticas fiscais e monetárias expansionistas contribuíram para esse resultado. É esperado que toda a perda de PIB gerada pela pandemia seja recuperada ainda nesse 1° semestre de 2021. A expectativa de economistas é que a economia americana feche o ano crescendo entre 6% e 7%, a maior performance desde 1984, quando houve crescimento de PIB de 7,2%. ( Yahoo / Valor)

SEGURO DESEMPREGO

Mais uma vez, foram reportados números recordes durante a pandemia para os pedidos de seguro-desemprego nos EUA, com 406 mil requisições, bem abaixo da expectativa de 425 mil. Semana passada haviam sido 444 mil trabalhadores que deram entrada no benefício. Com isso, os treasuries de 10 anos voltaram ao patamar de 1,6%, dada a recuperação mais forte do mercado de trabalho e aumento de expectativas por retirada de estímulos monetários pelo FED. (CNBC)

BENS DURÁVEIS

O departamento de comércio americano apontou que os pedidos de bens duráveis, como carros e outros equipamentos, caiu 1,3% entre abril e março, a primeira redução em 12 meses. A demanda por tais produtos continua muito intensa, houve aumento do núcleo de pedidos de fábricas de 2,3%, o maior em 8 meses. Essa queda foi principalmente devida a problemas na cadeia de produção de carros, que sofre com falta de chips e semicondutores. (Bloomberg /  WSJ)

FED

O presidente do FED de Dallas, Robert Kaplan, disse ontem que o FED deveria começar a discutir sobre a redução nas compras de ativos (tapering) porque o mercado de trabalho americano já está mais aquecido que muitos compreendem. Ele acredita que a oferta de trabalhadores pode crescer menos que o esperado, o que pode causar desequilíbrios inflacionários. Ele argumenta que a economia americana emprega 8,5 milhões de trabalhadores a menos, apesar da oferta abundante de postos de trabalho e aumento de salários. Isso o leva a crer que uma parcela relevante de pessoas pode ter simplesmente parado de trabalhar. ( Reuters)

PLANO DE INFRAESTRUTURA E ORÇAMENTO

O presidente Biden deve propor um orçamento de US$ 6 trilhões hoje, que contemplaria seus planos de modernização da infraestrutura dos EUA e expansão dos programas governamentais de saúde, educação e outros serviços sociais. Esse plano colocaria o país gastando US$ 5,7 trilhões no ano fiscal de 2021 e US$ 8,2 trilhões anualmente até 2031, em alguns momentos ultrapassando até mesmo o nível de gastos da 2° Guerra Mundial. Os democratas aplaudiram o plano, mas os republicanos não. Senadores republicanos apresentaram ontem (27) um plano de infraestrutura de US$ 928 bilhões, número bem inferior ao de US$ 1,7 trilhões defendido pelo governo, que inicialmente pensava em US$ 2,3 trilhões. (WSJ)

CORONAVÍRUS NO MUNDO

Nos EUA, os casos de Covid-19 já somam 33,2 milhões e as mortes ultrapassam 593,1 mil. No mundo são mais de 168,7 milhões de infectados, e os óbitos estão na marca de 3,5 milhões. (Johns Hopkins)

HOJE

Na Ásia, as bolsas fecharam mistas, o Nikkei subiu mais de 2%, mas na China o recuo foi de 0,32%. Os índices acionários europeus operam todos no positivo nesta manhã, assim como os futuros das bolsas em Wall Street.O petróleo avança, com o Brent negociado a US$ 69,78. O ouro spot cai e é cotado a US$ 1.891,47.  Na agenda do dia, o destaque vai para os indicadores de inflação em diversos países, principalmente para o IGP-M no Brasil e para a divulgação do orçamento federal dos EUA. 

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