Ataque da Rússia à Ucrânia e os destaques da semana

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A semana foi marcada pela forte tensão na fronteira entre Ucrânia e Rússia e o fantasma de um conflito armado, que eclodiu, de fato, na quinta-feira.

RÚSSIA ATACA UCRÂNIA

A situação azedou definitivamente quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia e ordenou, por meio de um decreto, que o Ministério da Defesa despachasse forças de paz russas para essas duas regiões.  A decisão veio em resposta aos apelos dos líderes das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, na região de Donbass, para que os russos os reconheçam como Estados independentes e os protejam do que eles dizem ser um plano de ofensiva da Ucrânia para retomar os territórios. O Parlamento russo endossou a ofensiva e autorizou o envio de tropas. Em contrapartida, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ordenou a mobilização de reservistas.

Ao longo da semana a tensão foi aumentando, até que Putin ordenou o uso de força militar, atacando por terra, mar e ar, especialmente no norte e no sul do país, mas já cercando, também, a capital Kiev.

Como consequências imediatas, a bolsa Russa desmoronou assim como o rublo. O barril do petróleo foi catapultado para acima de U$ 100 e as bolsas globais apresentaram fortes quedas. A onça do ouro chegou a ser cotada próxima de U$ 2.000 e o VIX, termômetro de volatilidade, disparou em NY.

REAJUSTE LINEAR PARA SERVIDORES

Saindo do foco da guerra, internamente, o governo do presidente Bolsonaro avalia conceder reajuste linear, no valor de R$ 400, para todos os servidores nesse ano. Estima-se que o impacto no orçamento seria em torno de R$ 5 bilhões. Auxiliares do presidente acreditam que seja uma boa ideia, num ano eleitoral. O problema é que será preciso cortar despesas para que o valor seja acomodado no orçamento.

CORTE DO IPI NA INDÚSTRIA

De concreto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou corte de 25% do IPI na indústria, com finalidade de modernizar o setor. Além disso, disse que a pasta estuda liberar FGTS para pagamento de dívidas. Especula-se que essa medida possa liberar R$ 20 bilhões para a economia e beneficiar 40 milhões de trabalhadores.

PROJETOS DE REDUÇÃO DO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

No Congresso, o Senado Federal adiou para 8 de março a votação do pacote de projetos de lei que visa a reduzir o preço dos combustíveis. As propostas constavam na pauta de votação da semana, mas acabaram retiradas. A decisão foi tomada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após uma longa discussão entre os congressistas que pediam mais tempo para discutir as propostas. Na versão atual do texto, o relator prevê que os estados terão a opção de criar uma alíquota única de ICMS sobre os combustíveis.

O ano de 2021 foi de recuperação no mercado de trabalho, principalmente devido à informalidade. A renda média anual caiu 7% em relação a 2020. A taxa média de desemprego foi de 13,8%. Na média anual, o país registrou 13,9 milhões de desempregados.

INFLAÇÃO E CONTAS EXTERNAS

Em relação à inflação, o IBGE divulgou o IPCA-15 mostrando alta de 0,99%, a maior em seis anos para o mês de fevereiro. E o Banco Central publicou os números das Contas Externas de janeiro, que apontaram entrada de U$ 4,7 bilhões em investimento direto no país, ou quase 3% do PIB, além daqueles em Carteira, que somaram U$ 5,7 bilhões.

DÓLAR E BOLSA

Por falar em dólar, a moeda americana continuou ladeira abaixo frente ao real, chegando a ser negociado abaixo da cotação psicológica de R$ 5. O movimento tem a ver com a contínua entrada de capitais estrangeiros, bem como uma leitura de que o FED possa ser menos agressivo na alta de juros, por causa do potencial conflito na Ucrânia. Com a decisão de Putin, contudo, ganhou força e, na quinta-feira, fechou cotado a R$ 5,117, com alta de quase 2% e o Ibovespa aos 111,592 pontos, em baixa de 1,53%.

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